O Museu da Casa Brasileira (MCB), em São Paulo, é o único do país especializado em design e arquitetura e se tornou uma referência nacional e internacional nesses temas. Sua iniciativa mais conhecida é o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, realizado desde 1986 e que está em sua 24ª edição este ano. Para o público em geral, o que vem à mente das pessoas quando se fala no MCB é a sua sede, numa localização privilegiada, uma mansão da década de 40, quase no cruzamento das avenidas Faria Lima e Cidade Jardim, um verdadeiro oásis no meio dos prédios da região, com seu jardim de 6.600 metros quadrados.
Criado em 1970 com a denominação de Museu do Mobiliário Artístico e Histórico Brasileiro, recebeu o nome atual em 1971, por sugestão do diretor Ernani Silva Bruno, com apoio dos conselheiros, entre eles Sérgio Buarque de Holanda. O MCB é integrante da rede de museus do governo estadual e vinculado à Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Desde 2008 é gerido pela Organização Social de Cultura A Casa Museu de Artes e Artefatos Brasileiros.
Em 1972 o Museu ganhou sua sede, a mansão em estilo neoclássico construída entre 1942 e 1945 para abrigar a residência do ex-prefeito de São Paulo (1934-1938), Fábio da Silva Prado, e sua esposa Renata Crespi Prado. O projeto, do arquiteto paraense Wladimir Alves de Souza, reproduz as linhas do Palácio Imperial de Petrópolis. Sua construção testemunha a expansão urbana da primeira metade do século 20 em São Paulo, quando as elites paulistanas saíram do centro em direção aos bairros-jardins.
O casal viveu na residência durante 18 anos, e transformou-a num local de grandes recepções oficiais. Com a morte de Fábio Prado, sem herdeiros, Renata Crespi acabou por deixar a casa e em 1968 transferiu sua posse à Fundação Padre Anchieta. A Fundação, por sua vez, cedeu o prédio em comodato à Secretaria de Estado da Cultura.
A vocação para o design e a arquitetura se delineou na gestão do publicitário Roberto Duailibi, que instituiu o Prêmio Design, e foi reforçada na gestão do arquiteto Carlos Bratke, sucedido pela também arquiteta Marlene Acayaba. A jornalista e curadora Adélia Borges, que esteve na direção do MCB de 2003 a 2007, imprimiu um novo ritmo às atividades do museu, trafegando entre o design erudito e popular, e as diversas manifestações da arquitetura.
Desde junho de 2007, o MCB passou a ser dirigido pelos arquitetos Miriam Lerner, diretora Geral, e Giancarlo Latorraca, diretor Técnico. Foram intensificadas suas atividades, reforçando a vocação para as áreas de arquitetura e design através da multiplicação das exposições temporárias e do incremento em um programa diversificado de debates e palestras, inclusive com destaque para intercâmbios internacionais. A nova direção também inovou em atividades educativas. Em 2007, a visitação foi de 82.305 pessoas; em 2008, 85.399. Já em 2009, a visitação chegou a um total de 94.450 pessoas.
Coleção Museu da Casa Brasileira
O acervo do MCB é constituído de móveis representativos da transformação do mobiliário no Brasil dos séculos 17 ao 21. Há também objetos utilitários, como os utensílios em cobre vindos do ateliê do pintor Pedro Alexandrino (que viveu em São Paulo no século 19). Entre final de 2006 e início de 2007, a área expositiva do acervo foi totalmente reformada, com elaboração de nova museografia e restauro de 53 peças. Inaugurada em maio de 2007, a mostra Coleção Museu da Casa Brasileira procura valorizar cada peça, permitir sua melhor fruição pelo público e possibilitar várias abordagens a partir de verbos como servir, sentar, descansar, dormir, guardar e rezar.
A exposição conta com obras recentemente incorporadas ao acervo do MCB. Entre outras, estão a poltrona Mole (1957), de Sergio Rodrigues, talvez individualmente a peça mais célebre do design brasileiro do século 20, doada pela empresa Linbrasil; a cadeira Paulistano (1957), de Paulo Mendes da Rocha, vencedora do 1º Prêmio Design, foi doada pelas empresas Objekto e Dpot; a cadeira Girafa (1987), de Lina Bo Bardi, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki, foi presenteada pela Marcenaria Baraúna; o carrinho de chá Nômade (1993), de Claudia Moreira Salles, que fez a doação; o bar 10-8, de José Zanine Caldas, da Móveis Artísticos Z, doado por João Pedrosa
Usos e costumes da casa brasileira
Faz parte do acervo do Museu o “Fichário de Equipamentos, Usos e Costumes da Casa Brasileira”, elaborado sob a coordenação do historiador Ernani Silva Bruno, seu primeiro diretor. O trabalho é um levantamento minucioso sobre os usos e costumes da casa brasileira desde o século 16. São 28.800 fichas compreendendo 24 temas, como alimentação, construção, costumes domésticos e mobiliário, entre outros. As fichas deram origem a uma coleção de livros com cinco volumes. Desde setembro de 2005, o site do Museu (www.mcb.org.br) traz de forma digital as 28 mil fichas produzidas na década de 1970 em relatos de viajantes, literatura ficcional, inventários e testamentos de famílias.
Jardim
Bancos espalhados pelo jardim permitem ao freqüentador do MCB um momento de contemplação e calma no cotidiano nervoso da metrópole. Nos 6.600 metros quadrados, há uma clareira central gramada, ladeada por mais de duas centenas de árvores. Há ainda uma trilha para caminhadas.
Restaurante Quinta do Museu
Instalado numa área privilegiada, com vista para o amplo jardim, o restaurante oferece uma seleção de pratos da culinária brasileira, e também pratos internacionais, massas, saladas e lanches. Tel. 11 3031-0005
Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2705 Jardim Paulistano São Paulo
Tel. 11 3032-3727 Site: www.mcb.org.br
Informações para a imprensa
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