quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Especial Anita Malfatti
Paisagem, 1915-1917 (EUA, Costa do Maine)
Um dos períodos de maior produção artística de Anita Malfatti foi durante sua estadia nos Estados Unidos, quando a artista se isolou numa ilha de pescadores na Costa do Maine chamada Monhegan Island (nome que serve de subtítulo a um dos quadros da época: Rochedos). Anita vivia com outros pintores que trabalhavam sob a orientação do pintor e filósofo Homer Boss, da Independent School of Art.
Rochedos (Monhegan Island). 1915. oléo s/ tela (60x74) .Col. Guilherme Malfatti, SP
Anita passava os dias pintando ao ar livre, e ao anoitecer ouvia as aulas inspiradas de Homer Boss. Nesse ambiente de liberdade e inspiração, a artista explorou as influências expressionistas adquiridas durante seu aprendizado anterior na Alemanha. Em obras como A Ventania e A Onda, a paisagem local é representada como uma força selvagem, agressiva e dinâmica, e o uso da deformação expressa certa inquietação do olhar humano diante da natureza.
A Ventania. 1915-17. óleo s/ tela (51x61). Col. Palácio dos Bandeirantes, SP.
A Onda. 1915-17. óelo s/ madeira (26,5x36). Col. Paulo Prado Neto, SP.
Uma das obras mais conhecidas desse período é O Farol. Nessa pintura, assim como em O Barco, a paisagem está mais harmonizada com a presença humana, através das edificações que compõem o cenário. O uso da deformação é sensivelmente menor, em contrapartida Anita utiliza exemplarmente a principal característica do seu expressionismo: as cores abundantes e vivas, a chamada “Festa da Cor”.
O Farol. 1915. óleo s/ tela (46,5x61). Col. Chateaubriand Bandeira de Mello, RJ.
O Barco. 1915. óleo s/ tela (41x46). Col. Raul Sousa Dantas Forbes, SP.
Retratos, 1915-17 (EUA).
Entre as obras que fomentaram as polêmicas em torno da lendária exposição de 1917, certamente estão muitos dos retratos pintados por Anita.
A estudante russa. 1915. óleo s/ tela (76x61). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.
Tanto nas paisagens quanto nos retratos, a cor é o principal instrumento da jovem Anita Malfatti. A obra O homem de sete cores revela essa preocupação intensa, e essa técnica também irá produzir grandes telas como A boba.
O homem de sete cores. 1915-16. Carvão e pastel s/ papel (60,7x45). Col. Roberto Pinto de Souza, SP.
A boba. 1915-16. Óleo s/ tela (61x50,5). Col. Museu de Arte Contemporânea da USP, SP.
Anita utilizava modelos que posavam na Independent School of Art em troca de alguns dólares. Essas pessoas, sem nenhuma ligação com o mundo artístico, serviriam como modelos para obras como A mulher de cabelos verdes e O homem amarelo, obra que fascinou Mario de Andrade, quando este sequer conhecia Anita.
A mulher de cabelos verdes. 1915-16. óleo s/ tela (61x51). Col. Ernesto Wolf, SP.
O homem amarelo. 1915-16. óleo s/ tela (61x51). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.
Nessas obras, assim como em Uma estudante, Anita revela o seu interesse em retratar o estado psicológico dos seus modelos. O uso de certa deformação moderada, fugindo dos modelos clássicos, causou grande alvoroço em Monteiro Lobato e na elite provinciana de São Paulo.
Uma estudante. 1915-16. óleo s/ tela (76,5x60,5). Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, SP.
Retratos, 1921-27 (Brasil, França).
A recepção negativa da Exposição de 1917 fez com Anita recuasse nas suas propostas inovadoras para a pintura, assim como afastou a possibilidade de alcançar o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, almejado pela artista desde 1914. No entanto, apesar do escândalo geral, algumas forças ansiosas por renovação cultural já procuravam apoiar e defender a artista. Entre eles estáMario de Andrade (retrato abaixo), grande admirador da pintora, que após a Semana de Arte Moderna de 22 cresceu em importância no cenário cultural paulista. Foi por intermédio de Mario de Andrade que Anita conseguiu o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, e em 1923 a pintora partiu para a França.
Mario de Andrade I. 1921-22. óleo s/ tela (51x41). Col. Particular, SP.
Anita também retratou outros de seus amigos, inclusive a escritora portuguesaFernanda de Castro. No entanto, muitas de suas composições eram inspiradas em anônimos, vistos ao acaso pela rua, que chamavam a atenção da artista. Entre elas estão a Chanson de Montmartre e Mulher do Pará.
Fernanda de Castro. 1922. óleo s/ tela (73,5x54,5). Col. Marta Rossetti Batista, SP.
Chanson de Montmartre. 1926. óleo s/ tela (73,3x60,2). Col. Roberto Pinto de Souza, SP.
Mulher do Pará (no balcão). 1927. óleo s/ tela (80x65). Col. Jenner Augusto Silveira, Salvador.
Paisagem, 1924-26 (França, Pensionato Artístico).
Ao receber o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, graças ao seu apoiador Mario de Andrade, Anita parte para a França, para retomar seus estudos e dedicar-se unicamente à pintura (no Brasil, ela lecionara artes plásticas e pintara sob encomenda para sobreviver).
Porto de Mônaco. 1925-26. óleo s/ tela (80x64,5). Col. Jenner Augusto Silveira, BA.
A artista também viajaria para a Itália, onde iniciaria um processo de estudo dos clássicos, inclusive realizando réplicas e versões de pintores renascentistas, além de retratar a paisagem local.
Paisagem dos Pirineus (Cauterets). 1926. óleo s/ tela (45,8x54,8). Col. Liliana Maria Assumpção, SP.
Veneza (Canaleto). 1924. óleo s/ tela (51,5x63). Col. Museu de Arte Brasileira da FAAP, SP.
Apesar do recuo da atitude de vanguarda, Anita ainda era capaz de produzir grandes obras, sem abandonar a sua influência do humanismo expressionista, revelando a preocupação introspectiva e psicológica da artista.
La rentrée (interior). 1925-27. óleo s/ tela (88x115). Col. Pedro Tassinari Filho, SP.
Paisagem, 1940-49 (Brasil).
No final da sua carreira, Anita transforma radicalmente seu jeito de pintar. Ela declara querer abandonar as fórmulas internacionais, e pintar de forma cada vez mais simples. A temática também muda: a instrospecção, e os retratos de forte expressão psicológica são substituídos pela representação da “alma brasileira”. Segundo a própria artista: “É verdade que eu já não pinto o que pintava há trinta anos. Hoje faço pura e simplesmente arte popular brasileira. É preciso não confundir: arte popular com folclore. (…) eu pinto aspectos da vida brasileira, aspectos da vida do povo. Procuro retratar os seus costumes, os seus usos, o seu ambiente. Procuro transportá-los vivos para as minhas telas. Interpretar a alma popular (…) eu não pinto nem folclore, nem faço primitivismo. Faço arte popular brasileira”
As duas Igrejas (Itanhaém). 1940. óleo s/ tela (53,8x66). Col. Particular, SP.
Cambuquira. 1945. óleo s/ tela (50x61,1). Col. Museu de Arte Contemporânea da USP, SP.
Anita procurava transmitir a “ternura brasileira” que não encontrava na arte da época. Para transmitir essa mensagem, achou que a sua técnica antiga era “muito violenta, inacessível à massa” – assim, procurava uma técnica simples, acessível a todos. Procurou cada vez mais esquecer escolas, teorias. Chegaria a declarar, em 1957, que estava “tentando pintar apenas a vida, sem quaisquer preocupações artísticas”, concluindo mesmo: “Se conseguir fazer isso, estarei satisfeita”.
Itanhaém. 1948-49. óleo s/ tela (72x92). Col. Manuel Alceu Affonso Ferreira, SP.
Samba. 1943-45. óleo s/ tela (39,9x49,3). Col. Gabriel de Castro Oliveira, SP.
Um dos períodos de maior produção artística de Anita Malfatti foi durante sua estadia nos Estados Unidos, quando a artista se isolou numa ilha de pescadores na Costa do Maine chamada Monhegan Island (nome que serve de subtítulo a um dos quadros da época: Rochedos). Anita vivia com outros pintores que trabalhavam sob a orientação do pintor e filósofo Homer Boss, da Independent School of Art.
Rochedos (Monhegan Island). 1915. oléo s/ tela (60x74) .Col. Guilherme Malfatti, SP
Anita passava os dias pintando ao ar livre, e ao anoitecer ouvia as aulas inspiradas de Homer Boss. Nesse ambiente de liberdade e inspiração, a artista explorou as influências expressionistas adquiridas durante seu aprendizado anterior na Alemanha. Em obras como A Ventania e A Onda, a paisagem local é representada como uma força selvagem, agressiva e dinâmica, e o uso da deformação expressa certa inquietação do olhar humano diante da natureza.
A Ventania. 1915-17. óleo s/ tela (51x61). Col. Palácio dos Bandeirantes, SP.
A Onda. 1915-17. óelo s/ madeira (26,5x36). Col. Paulo Prado Neto, SP.
Uma das obras mais conhecidas desse período é O Farol. Nessa pintura, assim como em O Barco, a paisagem está mais harmonizada com a presença humana, através das edificações que compõem o cenário. O uso da deformação é sensivelmente menor, em contrapartida Anita utiliza exemplarmente a principal característica do seu expressionismo: as cores abundantes e vivas, a chamada “Festa da Cor”.
O Farol. 1915. óleo s/ tela (46,5x61). Col. Chateaubriand Bandeira de Mello, RJ.
O Barco. 1915. óleo s/ tela (41x46). Col. Raul Sousa Dantas Forbes, SP.
Retratos, 1915-17 (EUA).
Entre as obras que fomentaram as polêmicas em torno da lendária exposição de 1917, certamente estão muitos dos retratos pintados por Anita.
A estudante russa. 1915. óleo s/ tela (76x61). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.
Tanto nas paisagens quanto nos retratos, a cor é o principal instrumento da jovem Anita Malfatti. A obra O homem de sete cores revela essa preocupação intensa, e essa técnica também irá produzir grandes telas como A boba.
O homem de sete cores. 1915-16. Carvão e pastel s/ papel (60,7x45). Col. Roberto Pinto de Souza, SP.
A boba. 1915-16. Óleo s/ tela (61x50,5). Col. Museu de Arte Contemporânea da USP, SP.
Anita utilizava modelos que posavam na Independent School of Art em troca de alguns dólares. Essas pessoas, sem nenhuma ligação com o mundo artístico, serviriam como modelos para obras como A mulher de cabelos verdes e O homem amarelo, obra que fascinou Mario de Andrade, quando este sequer conhecia Anita.
A mulher de cabelos verdes. 1915-16. óleo s/ tela (61x51). Col. Ernesto Wolf, SP.
O homem amarelo. 1915-16. óleo s/ tela (61x51). Col. Mário de Andrade, Instituto de Estudos Brasileiros da USP, SP.
Nessas obras, assim como em Uma estudante, Anita revela o seu interesse em retratar o estado psicológico dos seus modelos. O uso de certa deformação moderada, fugindo dos modelos clássicos, causou grande alvoroço em Monteiro Lobato e na elite provinciana de São Paulo.
Uma estudante. 1915-16. óleo s/ tela (76,5x60,5). Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, SP.
Retratos, 1921-27 (Brasil, França).
A recepção negativa da Exposição de 1917 fez com Anita recuasse nas suas propostas inovadoras para a pintura, assim como afastou a possibilidade de alcançar o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, almejado pela artista desde 1914. No entanto, apesar do escândalo geral, algumas forças ansiosas por renovação cultural já procuravam apoiar e defender a artista. Entre eles estáMario de Andrade (retrato abaixo), grande admirador da pintora, que após a Semana de Arte Moderna de 22 cresceu em importância no cenário cultural paulista. Foi por intermédio de Mario de Andrade que Anita conseguiu o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, e em 1923 a pintora partiu para a França.
Mario de Andrade I. 1921-22. óleo s/ tela (51x41). Col. Particular, SP.
Anita também retratou outros de seus amigos, inclusive a escritora portuguesaFernanda de Castro. No entanto, muitas de suas composições eram inspiradas em anônimos, vistos ao acaso pela rua, que chamavam a atenção da artista. Entre elas estão a Chanson de Montmartre e Mulher do Pará.
Fernanda de Castro. 1922. óleo s/ tela (73,5x54,5). Col. Marta Rossetti Batista, SP.
Chanson de Montmartre. 1926. óleo s/ tela (73,3x60,2). Col. Roberto Pinto de Souza, SP.
Mulher do Pará (no balcão). 1927. óleo s/ tela (80x65). Col. Jenner Augusto Silveira, Salvador.
Paisagem, 1924-26 (França, Pensionato Artístico).
Ao receber o Pensionato Artístico do Estado de São Paulo, graças ao seu apoiador Mario de Andrade, Anita parte para a França, para retomar seus estudos e dedicar-se unicamente à pintura (no Brasil, ela lecionara artes plásticas e pintara sob encomenda para sobreviver).
Porto de Mônaco. 1925-26. óleo s/ tela (80x64,5). Col. Jenner Augusto Silveira, BA.
A artista também viajaria para a Itália, onde iniciaria um processo de estudo dos clássicos, inclusive realizando réplicas e versões de pintores renascentistas, além de retratar a paisagem local.
Paisagem dos Pirineus (Cauterets). 1926. óleo s/ tela (45,8x54,8). Col. Liliana Maria Assumpção, SP.
Veneza (Canaleto). 1924. óleo s/ tela (51,5x63). Col. Museu de Arte Brasileira da FAAP, SP.
Apesar do recuo da atitude de vanguarda, Anita ainda era capaz de produzir grandes obras, sem abandonar a sua influência do humanismo expressionista, revelando a preocupação introspectiva e psicológica da artista.
La rentrée (interior). 1925-27. óleo s/ tela (88x115). Col. Pedro Tassinari Filho, SP.
Paisagem, 1940-49 (Brasil).
No final da sua carreira, Anita transforma radicalmente seu jeito de pintar. Ela declara querer abandonar as fórmulas internacionais, e pintar de forma cada vez mais simples. A temática também muda: a instrospecção, e os retratos de forte expressão psicológica são substituídos pela representação da “alma brasileira”. Segundo a própria artista: “É verdade que eu já não pinto o que pintava há trinta anos. Hoje faço pura e simplesmente arte popular brasileira. É preciso não confundir: arte popular com folclore. (…) eu pinto aspectos da vida brasileira, aspectos da vida do povo. Procuro retratar os seus costumes, os seus usos, o seu ambiente. Procuro transportá-los vivos para as minhas telas. Interpretar a alma popular (…) eu não pinto nem folclore, nem faço primitivismo. Faço arte popular brasileira”
As duas Igrejas (Itanhaém). 1940. óleo s/ tela (53,8x66). Col. Particular, SP.
Cambuquira. 1945. óleo s/ tela (50x61,1). Col. Museu de Arte Contemporânea da USP, SP.
Anita procurava transmitir a “ternura brasileira” que não encontrava na arte da época. Para transmitir essa mensagem, achou que a sua técnica antiga era “muito violenta, inacessível à massa” – assim, procurava uma técnica simples, acessível a todos. Procurou cada vez mais esquecer escolas, teorias. Chegaria a declarar, em 1957, que estava “tentando pintar apenas a vida, sem quaisquer preocupações artísticas”, concluindo mesmo: “Se conseguir fazer isso, estarei satisfeita”.
Itanhaém. 1948-49. óleo s/ tela (72x92). Col. Manuel Alceu Affonso Ferreira, SP.
Samba. 1943-45. óleo s/ tela (39,9x49,3). Col. Gabriel de Castro Oliveira, SP.
Cubismo
Georges Braque
Pablo Picasso
O Cubismo surgiu com Braque e Picasso em Paris, onde um grupo de jovens pintores logo aderiram ao movimento. Esses artistas se basearam nos trabalhos de Cézanne e tentaram recriar a relação entre espaço e volume das formas, se opondo aos valores predominantes do Impressionismo.
Cézanne, em seus trabalhos, representava sensações da realidade dentro de uma arquitetura harmoniosa, o foco principal estava em destacar o volume e não o traço. A maioria dos Cubistas, porém, se preocupavam mais com a forma geométrica.
Picasso e Braque, utilizando linhas curvas, demonstraram que o Cubismo não necessariamente teria que ser pintado em formas de cubos, mas teria que oferecer uma visão tridimensional num plano de duas dimensões. Eles tomaram aspectos de cenas que não poderiam ser visualizadas individualmente e tornaram visíveis simultaneamente.
As paisagens de Braque foram os primeiros trabalhos criados no Cubismo. Picasso foi fortemente influenciado pela arte primitiva, pelas mascaras africanas e esculturas Iberianas, podemos ver essas características no quadro "Les Demoiselles D'Avignon", pintado em 1907.
Os objetos, retratos e paisagens tentaram nos transmitir os detalhes das imagens. A figuras eram montadas uma sobre as outras, dividindo-as em fragmentos, destacavam todas as partes do quadro. A primeira exibição ocorreu em 1907, atingindo um público considerável.
O movimento pode ser dividido em três fases: a primeira foi o Cubismo Analítico, período entre 1906 e 1909, que se caracterizou por apresentar uma estrutura cristalina, planos semitransparentes, com cores limitadas pelas sombras; a Segunda fase foi o "Alto" Cubismo Analítico, nessa as estruturas cristalinas se tornaram mais complicadas e os pedaços transparentes, que montavam o quebra-cabeça, se tornaram cada vez menores, ocorreu entre 1909 e 1912; e o último foi o Cubismo Sintético, entre 1912 e 1914. Nesta última fase, as imagens se tornaram mais complexas, os artistas procuraram organizar as figuras em planos, facilitando a análise das formas em vários aspectos.
FONTE: JORNAL A TARDE
Expressionismo
O Expressionismo se manifestou no final do séc. XIX com alguns artistas como o Norueguês Eduard Munch, o Austríaco Gustav Klimt e o Belga James Ensor.
No inicio do séc. XX surgiu um grupo de Expressionistas na Alemanha, chamado de "Die Brucke", a ponte. Dentre os grandes nomes, podemos citar Kirchner, Nolde, Heckel e Schimidt-Rottluff.
O movimento ocorreu principalmente no norte da Europa. Influenciados pela arte de Van Gogh, pelo Fauvismo e pela arte Africana, o Expressionismo se caracterizou por utilizar formas exageradas e distorcidas, combinadas com linhas simplificadas e cores estridentes. Esses artistas sentiam um forte desejo de expressarem seus sentimentos e emoções.
Barlach e Lehmbuck foram os líderes da escultura no Expressionismo Alemão. Quase simultaneamente, a Áustria produziu dois extraordinários pintores (Kokoschka e Shiete). Os elementos sociais foram desenvolvidos por Beckmann e Principalmente por Grosz, que costumava fazer sátiras políticas.
Entre as influências do Expressionismo, estão a escultura gótica Germânica, a escultura Africana e a arte de El Greco, que atingiu o expressionismo com uma extrema deformação emotiva em sua arte.
FONTE: JORNAL A TARDE
Fauvismo
Nome dado ao grupo de artistas que expuseram no Salão de Paris em 1905. Foram caçoados de Fauves, bestas selvagens, pelo crítico Louis Vauxcelles. Os artistas já tinham uma vasta formação e inspiração, dentre eles podemos citar Vlaminck, Derain, Marquet, Ronault e Matisse.
Na verdade eles nunca formaram um grupo organizado, apesar disso, Matisse foi considerado o líder deste estilo. Esse movimento se caracterizou por utilizar cores estridentes, desenhos padrões e uma ruptura com o formal acadêmico que cada artista interpretava a sua maneira.
O Fauvismo demonstrava afinidades com o Expressionismo Alemão, tanto que Matzinger, Dufy e Braque reuniram uma exposição com artistas desse outro estilo. Em 1908, o grupo se dissolveu. A utilização de puras cores e os seguidores antiacadêmicos contribuíram para o desenvolvimento da pintura do séc. XX.
FONTE: JORNAL A TARDE
Arte Moderna
Final do séc. XIX e início do séc. XX, o pensamento e a tradição européia estavam se esgotando, os novos artistas e pensadores estavam surgindo para mudar radicalmente o que seus mestres do passado tinham executado e idealizado.
Não que as tradições foram esquecidas, elas continuaram a existir e evoluíram paralelamente aos novos pensamentos, como o surgimento da Teoria da Relatividade e a Psicanálise.
Alguns estudiosos marcam o início da Arte Moderna em meados do séc. XIX, com o Impressionismo, outros no final do séc. XIX, com o Pós-Impressionismo. Utilizaremos aqui a linha que começa com o Fauvismo, dando início a Arte Moderna, no início do séc. XX.
Os artistas na virada do século, queriam algo que não fosse parecido com o clássico e nem que copiasse a natureza, queriam uma simplicidade diferente da Renascença e do Barroco.
O Cubismo foi fundamental para a arte do séc. XX. A arte Oriental e a escultura Africana também foram culturas respeitadas e assimiladas.
Nenhum outro período em uma cultura produziu e sofreu influências de obras tão diversas como este. O ser humano tem mania de classificar toda forma ou estilo de alguma produção, mas diante de tanta multiplicidade de trabalhos que foi produzido no séc. XX, os maiores artistas não chegam a se encaixar em nenhum estilo específico.
AUGUSTE RODIN (1840-1917)
Nasceu em 12 de novembro de 1840, Paris. Aos 14 anos entrou para a escola de Petite. Duas vezes na semana freqüentava as aulas do escultor Antoine Louis Barye. Sua percepção da dimensão do volume na escultura era formidável.
Foi recusado três vezes na Escola de Belas Artes em Paris e foi trabalhar como modelador, escultor e decorador. Em 1864, sua grande obra "Homem com o nariz quebrado" foi rejeitado pelo Salão de Paris. Nesse ano, se tornou assistente de Albert Ernest Carrier-Belleuse. Escapou do serviço militar durante a guerra franco-prussiana e acompanhou Carrier-Belleuse para a Bélgica.
Sofreu influências de Michelangelo quando esteve na Itália, em 1874. Voltou para Paris em 1877 e foi trabalhar numa fábrica de porcelanas.
Em 1880, Rodin foi convidado a apresentar sua arte no novo Museu de Artes Decorativas de Paris. Suas esculturas expressavam uma mistura de erotismo e desespero.
A fama de Rodin estava crescendo. Em 1881, foi convidado a ir para Londres, onde foi muito bem recepcionado e posteriormente voltaria como refugiado em 1914.
Quando voltou para Paris, ganhou acomodações e um estúdio por parte do governo, em 1882. O Hotel Biron também permitiu que Rodin morasse lá até a sua morte, em troca, algumas de suas obras permaneceriam no Hotel, existindo até hoje.
Em 1888, Rodin apresentou sua arte na exposição de Bruxelas. Em 1889, expôs com Monet em Paris. Na exposição internacional de 1900, 168 obras de sua autoria, encontravam-se no pavilhão de Rond-Point, em Paris. Morreu 17 de novembro de 1917 em Meudon.
Deixou inúmeras esculturas inacabadas propositadamente, dando a impressão de que a figura estava saindo da pedra. Seu estudo da escultura antiga o permitiu modelar formas contrastando com o reflexo da luz, produzindo efeitos antes inimagináveis.
PABLO PICASSO (1881 - 1973)
Pablo Ruiz y Picasso nasceu em Málaga, Espanha, em 1881. Iniciou seus estudos de pintura com seu pai, mestre em desenho e em 1895 foi estudar na Escola de Arte de Barcelona. Em 1897 foi para a Academia de Madri e em 1900 conheceu Paris, mudando-se para lá três anos mais tarde.
Entre 1917 e 1924, Picasso desenhou trajes e decorou vários ballets. Se interessou pelo Surrealismo no ano de 1925, mas nunca chegou a se tornar um membro oficial.
Depois da II Grande Guerra, mudou-se para o sul da França. Enquanto morava na Espanha, sua pintura seguiu a tradição acadêmica. Depois de 1900 foi influenciado pela arte de Lautrec e do desenvolvimento artístico que atingiu a Europa. Seus trabalhos refletiram essas influências assim como uma maior consciência social.
Picasso não demonstrava o verdadeiro significado dos seus quadros. Durante 1901 e 1904, em seus trabalhos havia a predominância de tons azuis, o que lhe rendeu o nome de "período azul".
Em 1905, Picasso mudou um pouco o seu estilo, seus traços se tornaram menos grosseiros e menos melancólicos. Seu principal tema se tornou o circo e o azul foi substituído pelo rosa como podemos ver em "Família de Saltimbancos".
Durante o inverno de 1906-07, interessado na Escultura Negra Primitiva, Iberiana e outros estilos, provocaram uma nova mudança. Vemos esta transformação em "Les Demoiselles D'Avignon". Essa nova fase não foi conhecida pelo público até 1927, e mesmo depois de conhecida, não foi compreendida. Picasso começou a simplificar sua forma, conduziu o conceito melhor do que a imagem visual. As figuras forma simplificadas para uma série de planos e ângulos, a representação do espaço se tornou virtualmente desprezada.
Esses foram os estilos e influências que prepararam Picasso para desenvolver o Cubismo. De 1909 até o início da I Grande Guerra, Picasso e Braque trabalharam juntos no desenvolvimento dessa nova pintura.
Nos trabalhos mais recentes, no Cubismo, Picasso foi muito influenciado por Cézzane, ele tomava os objetos naturais como seu ponto de partida, mas analisava e reconstruía em elementos de formas simples que se adequassem melhor a face da figura. As cores forma suavizadas para um tom monocromático, abandonando a ênfase na estrutura.
Nos próximos dois anos, seus arranjos se tornaram complexos e difíceis de compreender, as imagens se tornaram cada vez menores, as relações entre elas e o fundo da tela se tornaram confusas.
Durante a I Guerra, trabalhou sozinho, desenvolvendo o Cubismo, dando mais qualidades decorativas. Usava espaços padrão, cores mais brilhantes e figuras com curvas mais soltas. Da mesma forma que retornou ao estilo mais natural, o quadro "Retrato de Ambroise Vollard", 1915, mostrava sua nova admiração pelo oculto.
Em 1917, foi para Roma e começou a pintar figuras monumentais, calmas, com uma característica clássica. Em "Camponês Dormindo", 1919, ou "Mãe e Filho", 1921, o tema clássico e as figuras do Centauro e Faunos entraram em seu repertório. A partir de então, a figura se tornou o principal tema.
Em meados de 1920, Picasso se aproximou do Surrealismo. As formas apresentavam características metamórficas e emocionalmente distorcidas mais do que razões formais, como em "Os Três Dançarinos", 1928. A pintura de Picasso não mudou muito desde então, sua imaginação fértil não o permitiu repetir muitas idéias. Uma vez comentou, "as várias maneiras que usei em minha arte não devem ser consideradas como uma evolução mas como variações".
Depois de uma série de figuras femininas, em 1932, utilizando curvas sensuais, Picasso parou de pintar temporariamente. Entre 1935 e 1937 trabalhou em projetos gráficos e em poesias Surrealistas.
VINCENT VAN GOGH (1853 - 1870)
Nasceu em Zundert, Holanda, em 1853. Começou a desenhar desde cedo. Sua vida religiosa, herdada do pai, não durou muito, o que o levou a se dedicar mais a arte.
Em 1880, passou rapidamente pela academia de Bruxelas e voltou para a Holanda, estudando pintura com Anton Mauve.
Van Gogh admirava Jean François Millet e Joseph Israels. Como Millet, pintou a vida dos trabalhadores ao seu redor.
Seu irmão Theo mostrou-lhe obras de Pissarro e Monet, logo se interessou pela teoria das cores de Eugene Delacroix. A partir daí, deixou de usar as cores escuras e passou a utilizar fortes cores em seus próximos trabalhos.
Em 1886, Van Gogh foi para Paris e teve a oportunidade de conhecer os artistas impressionistas. Suas pinturas começaram a mudar e fez amizades com Paul Signac, Gauguin e Emile Bernard. Van Gogh começou a estudar esse novo estilo e acabou desenvolvendo sua própria técnica.
Sofrendo de depressão, começou a beber muito. Em 1888, foi morar sozinho em Provence, sul da França. Nesse período, Van Gogh exercitou muito sua pintura de várias formas.
Gauguin foi ao seu encontro no sul da França. Suas diferenças de idéias os afastaram e perturbado mentalmente que estava, Van Gogh cortou parte de sua orelha esquerda e ofereceu para as prostitutas do bordel local.
Procurando se curar de sua loucura, ele próprio se internou no asilo Saint-Rémy. Internado, Van Gogh produziu muitos quadros, mudando seu estilo.
Em janeiro de 1890, alguns de seus quadros foram expostos em Bruxelas. Em março dez de seus quadros foram para o salão de Paris, recebendo muitos elogios. Em maio ele saio do asilo, foi visitar seu irmão em Paris e ficou sob os olhos do Dr. Gachet. Começou a pintar com determinação pelo interior. Preocupado com seu irmão e com sua própria recuperação, seu problema de depressão retornou. Em 27 de julho de 1890, atirou em si próprio e no dia 29 faleceu.
HENRI MATISSE (1869 - 1954)
Nasceu em Le Cateau-Cambrésis, norte da França. Começou a pintar em 1890, durante o período da convalescência.
Foi para Paris e estudou com Bouguereau na Academia Julian. De 1892 até 1897, foi estudar com Gustave Moreau na escola de Belas Artes. Lá ele conheceu Marquet, Camoin e Rouault. Quando foi trabalhar na Academia Carrière, em 1899, conheceu Derain e Puy, completando então o grupo que futuramente seriam reconhecidos como Fauves.
Sua primeira exposição, em 1904, ocorreu em Ambroise Vollard e não obteve grande sucesso. No ano seguinte, juntamente com o grupo, expôs no salão de Paris, desta vez, o grupo foi reconhecido como Fauves e Matisse como o líder.
Matisse conseguiu reputação internacional, exibindo em Paris e Alemanha.
Em 1908 fundou a Academia Matisse para uma seleção de estudantes cosmopolita e publicou "Notas de um Pintor" onde estavam suas crenças artísticas.
Desde 1904 Matisse trabalhou parte de cada ano no sul em Saint-Tropez e Collioure e mais tarde na Espanha e em Marrocos. Depois de 1916, passou a maioria dos invernos em Nice. Morreu em Cimiez, subúrbio de Nice em 1954.
Apesar de nunca ter se juntado aos Cubistas, sofreu algumas influências deste grupo. Entre 1913 e 1917 sua pintura era um pouco austera, com linhas retas e formas geométricas. Depois seu estilo ficou mais solto, figuras femininas e o interior foram seus principais temas, trabalhados em estilo livre e com cores decorativas.
Sua escultura era uma extensão da sua pintura. Na escultura, sua admiração pela Arte Primitiva estava mais aparente. Em alguns trabalhos ele explora o sólido, aspectos estruturais do corpo com um certo exagero afim de alcançar uma clara expressão da forma.
PAUL GAUGUIN (1848 - 1903)
Nasceu em Paris, em 1848, numa família de classe média. Por causa do golpe de estado de Luís Napoleão, sua família se mudou para a América do Sul. Aos sete anos, depois de viver em Lima, Peru, voltou para a França e foi estudar em Orléans e Paris. Aos 17 anos se alistou na marinha servindo até o ano de 1871.
Gouguin começou a se interessar pela arte, comprando alguns quadros impressionistas. Em 1883, começou a pintar com Pissarro em Osny. Entre 1880 e 1886, expôs seus trabalhos junto com o grupo de impressionistas.
Começou a ser influenciado pelos quadros de Cézanne e pelas pinturas Japonesas, mudando seu estilo. Se juntou a Van Gogh, mas suas diferenças de idéias logo os afastaram.
Ele e Schuffenecker organizaram uma exposição no Café Volpini em Paris, onde impressionaram os artistas do simbolismo.
Interessado na arte oriental, foi morar no Taiti. Ficou encantado com sua arte e estilo de vida. Antes de voltar para Paris, por necessidades tais como dinheiro, pintou "A lua e a terra" expressando a cultura Maori.
Logo voltou ao Taiti e com uma vida conturbada, passando por necessidades físicas e monetárias, tentou o suicídio. Se envolveu em conflitos com os europeus e com as autoridades, foi preso em março de 1903. Em maio, morreu na prisão.
CLAUDE MONET (1840-1926)
Nasceu em Paris, em 14 de fevereiro de 1840. Rapidamente seu talento foi revelado em Le Havre, lugar onde sua família foi morar.
Sua atitude perante a arte foi transformada quando viu a possibilidade de pintar ao ar livre. Sua coleção de pinturas japonesas também o ajudou para isso.
Em 1859 Monet voltou para Paris. Visitou o salão de artes muitas vezes e entrou para o ateliê suíço, onde Courbet havia trabalhado. Monet pôde apreciar muitos quadros de Courbet e Delacroix e se encontrar com os artistas desse período.
Teve que ir para a Argélia por causa do serviço militar. Seu pai o tirou de lá quando ficou seriamente doente. Voltando para Le Havre, sofreu influência de Johan Barthola Jongkind.
Voltou para Paris em 1862 e foi para a Escola de Belas Artes. Monet e seus colegas estudantes, Bazille, Renoir e Sisley formaram um grupo a parte. Em 1863 foram estudar pintura ao ar livre, na floresta de Fontainebleau em Chailly.
Em 1865 Monet passava dificuldades financeiras e Bazille dividiu com ele seu ateliê. Nessa época, seu nome se confundia com o de Edouard Manet, que já era consagrado e se irritou com a comparação. Monet que admirava Manet resolveu se afastar e voltou a pintar em Chailly. Courbet foi Visitá-lo e sugeriu algumas alterações em suas pinturas, depois de algum tempo, arrependeu-se das alterações que havia feito.
Em 1867 novamente enfrentou dificuldades financeiras. Bazille tentando ajudá-lo, comprou "Mulher no Jardim", mas isso não resolveu o problema. Monet se viu obrigado a voltar para Le Havre, nesse meio tempo nasce seu filho, Jean Monet em Paris.
No café Guerbois, em Paris, um lugar de encontro dos artistas, Monet se inspirou em estudar novas experiências. Ele e Renoir começaram a estudar os efeitos da luz na água, sua dedicação era tanta que acabou construiu um barco-estúdio para melhor aproveitamento de suas observações.
Monet foi o grande responsável pela primeira apresentação em grupo dos impressionistas em 1874. O nome impressionismo foi dado ao quadro de Monet "Impressão: nascer do sol". Em 1878 nasce seu segundo filho, Michel e no ano seguinte morre sua esposa, Camille.
Monet expôs com o grupo muitas vezes e trabalhou em vários lugares próximos de Paris. Casou-se novamente com a viúva de um amigo seu, Ernest Hoschedé e foram viver em Giverny, próximo ao rio Epte, em 1883. Morreu no ano de 1926 neste mesmo local.
Em Giverny, a partir de 1890, ele começou a pintar em horas diferentes do dia, de acordo com a mudança da luz.
Monet se dedicou a observar e pintar as diversas intensidade da luz e das cores, seu estilo influenciou até mesmo os artistas do século XX.
FONTE: JORNAL A TARDE
Não que as tradições foram esquecidas, elas continuaram a existir e evoluíram paralelamente aos novos pensamentos, como o surgimento da Teoria da Relatividade e a Psicanálise.
Alguns estudiosos marcam o início da Arte Moderna em meados do séc. XIX, com o Impressionismo, outros no final do séc. XIX, com o Pós-Impressionismo. Utilizaremos aqui a linha que começa com o Fauvismo, dando início a Arte Moderna, no início do séc. XX.
Os artistas na virada do século, queriam algo que não fosse parecido com o clássico e nem que copiasse a natureza, queriam uma simplicidade diferente da Renascença e do Barroco.
O Cubismo foi fundamental para a arte do séc. XX. A arte Oriental e a escultura Africana também foram culturas respeitadas e assimiladas.
Nenhum outro período em uma cultura produziu e sofreu influências de obras tão diversas como este. O ser humano tem mania de classificar toda forma ou estilo de alguma produção, mas diante de tanta multiplicidade de trabalhos que foi produzido no séc. XX, os maiores artistas não chegam a se encaixar em nenhum estilo específico.
AUGUSTE RODIN (1840-1917)
Nasceu em 12 de novembro de 1840, Paris. Aos 14 anos entrou para a escola de Petite. Duas vezes na semana freqüentava as aulas do escultor Antoine Louis Barye. Sua percepção da dimensão do volume na escultura era formidável.
Foi recusado três vezes na Escola de Belas Artes em Paris e foi trabalhar como modelador, escultor e decorador. Em 1864, sua grande obra "Homem com o nariz quebrado" foi rejeitado pelo Salão de Paris. Nesse ano, se tornou assistente de Albert Ernest Carrier-Belleuse. Escapou do serviço militar durante a guerra franco-prussiana e acompanhou Carrier-Belleuse para a Bélgica.
Sofreu influências de Michelangelo quando esteve na Itália, em 1874. Voltou para Paris em 1877 e foi trabalhar numa fábrica de porcelanas.
Em 1880, Rodin foi convidado a apresentar sua arte no novo Museu de Artes Decorativas de Paris. Suas esculturas expressavam uma mistura de erotismo e desespero.
A fama de Rodin estava crescendo. Em 1881, foi convidado a ir para Londres, onde foi muito bem recepcionado e posteriormente voltaria como refugiado em 1914.
Quando voltou para Paris, ganhou acomodações e um estúdio por parte do governo, em 1882. O Hotel Biron também permitiu que Rodin morasse lá até a sua morte, em troca, algumas de suas obras permaneceriam no Hotel, existindo até hoje.
Em 1888, Rodin apresentou sua arte na exposição de Bruxelas. Em 1889, expôs com Monet em Paris. Na exposição internacional de 1900, 168 obras de sua autoria, encontravam-se no pavilhão de Rond-Point, em Paris. Morreu 17 de novembro de 1917 em Meudon.
Deixou inúmeras esculturas inacabadas propositadamente, dando a impressão de que a figura estava saindo da pedra. Seu estudo da escultura antiga o permitiu modelar formas contrastando com o reflexo da luz, produzindo efeitos antes inimagináveis.
PABLO PICASSO (1881 - 1973)
Pablo Ruiz y Picasso nasceu em Málaga, Espanha, em 1881. Iniciou seus estudos de pintura com seu pai, mestre em desenho e em 1895 foi estudar na Escola de Arte de Barcelona. Em 1897 foi para a Academia de Madri e em 1900 conheceu Paris, mudando-se para lá três anos mais tarde.
Entre 1917 e 1924, Picasso desenhou trajes e decorou vários ballets. Se interessou pelo Surrealismo no ano de 1925, mas nunca chegou a se tornar um membro oficial.
Depois da II Grande Guerra, mudou-se para o sul da França. Enquanto morava na Espanha, sua pintura seguiu a tradição acadêmica. Depois de 1900 foi influenciado pela arte de Lautrec e do desenvolvimento artístico que atingiu a Europa. Seus trabalhos refletiram essas influências assim como uma maior consciência social.
Picasso não demonstrava o verdadeiro significado dos seus quadros. Durante 1901 e 1904, em seus trabalhos havia a predominância de tons azuis, o que lhe rendeu o nome de "período azul".
Em 1905, Picasso mudou um pouco o seu estilo, seus traços se tornaram menos grosseiros e menos melancólicos. Seu principal tema se tornou o circo e o azul foi substituído pelo rosa como podemos ver em "Família de Saltimbancos".
Durante o inverno de 1906-07, interessado na Escultura Negra Primitiva, Iberiana e outros estilos, provocaram uma nova mudança. Vemos esta transformação em "Les Demoiselles D'Avignon". Essa nova fase não foi conhecida pelo público até 1927, e mesmo depois de conhecida, não foi compreendida. Picasso começou a simplificar sua forma, conduziu o conceito melhor do que a imagem visual. As figuras forma simplificadas para uma série de planos e ângulos, a representação do espaço se tornou virtualmente desprezada.
Esses foram os estilos e influências que prepararam Picasso para desenvolver o Cubismo. De 1909 até o início da I Grande Guerra, Picasso e Braque trabalharam juntos no desenvolvimento dessa nova pintura.
Nos trabalhos mais recentes, no Cubismo, Picasso foi muito influenciado por Cézzane, ele tomava os objetos naturais como seu ponto de partida, mas analisava e reconstruía em elementos de formas simples que se adequassem melhor a face da figura. As cores forma suavizadas para um tom monocromático, abandonando a ênfase na estrutura.
Nos próximos dois anos, seus arranjos se tornaram complexos e difíceis de compreender, as imagens se tornaram cada vez menores, as relações entre elas e o fundo da tela se tornaram confusas.
Durante a I Guerra, trabalhou sozinho, desenvolvendo o Cubismo, dando mais qualidades decorativas. Usava espaços padrão, cores mais brilhantes e figuras com curvas mais soltas. Da mesma forma que retornou ao estilo mais natural, o quadro "Retrato de Ambroise Vollard", 1915, mostrava sua nova admiração pelo oculto.
Em 1917, foi para Roma e começou a pintar figuras monumentais, calmas, com uma característica clássica. Em "Camponês Dormindo", 1919, ou "Mãe e Filho", 1921, o tema clássico e as figuras do Centauro e Faunos entraram em seu repertório. A partir de então, a figura se tornou o principal tema.
Em meados de 1920, Picasso se aproximou do Surrealismo. As formas apresentavam características metamórficas e emocionalmente distorcidas mais do que razões formais, como em "Os Três Dançarinos", 1928. A pintura de Picasso não mudou muito desde então, sua imaginação fértil não o permitiu repetir muitas idéias. Uma vez comentou, "as várias maneiras que usei em minha arte não devem ser consideradas como uma evolução mas como variações".
Depois de uma série de figuras femininas, em 1932, utilizando curvas sensuais, Picasso parou de pintar temporariamente. Entre 1935 e 1937 trabalhou em projetos gráficos e em poesias Surrealistas.
VINCENT VAN GOGH (1853 - 1870)
Nasceu em Zundert, Holanda, em 1853. Começou a desenhar desde cedo. Sua vida religiosa, herdada do pai, não durou muito, o que o levou a se dedicar mais a arte.
Em 1880, passou rapidamente pela academia de Bruxelas e voltou para a Holanda, estudando pintura com Anton Mauve.
Van Gogh admirava Jean François Millet e Joseph Israels. Como Millet, pintou a vida dos trabalhadores ao seu redor.
Seu irmão Theo mostrou-lhe obras de Pissarro e Monet, logo se interessou pela teoria das cores de Eugene Delacroix. A partir daí, deixou de usar as cores escuras e passou a utilizar fortes cores em seus próximos trabalhos.
Em 1886, Van Gogh foi para Paris e teve a oportunidade de conhecer os artistas impressionistas. Suas pinturas começaram a mudar e fez amizades com Paul Signac, Gauguin e Emile Bernard. Van Gogh começou a estudar esse novo estilo e acabou desenvolvendo sua própria técnica.
Sofrendo de depressão, começou a beber muito. Em 1888, foi morar sozinho em Provence, sul da França. Nesse período, Van Gogh exercitou muito sua pintura de várias formas.
Gauguin foi ao seu encontro no sul da França. Suas diferenças de idéias os afastaram e perturbado mentalmente que estava, Van Gogh cortou parte de sua orelha esquerda e ofereceu para as prostitutas do bordel local.
Procurando se curar de sua loucura, ele próprio se internou no asilo Saint-Rémy. Internado, Van Gogh produziu muitos quadros, mudando seu estilo.
Em janeiro de 1890, alguns de seus quadros foram expostos em Bruxelas. Em março dez de seus quadros foram para o salão de Paris, recebendo muitos elogios. Em maio ele saio do asilo, foi visitar seu irmão em Paris e ficou sob os olhos do Dr. Gachet. Começou a pintar com determinação pelo interior. Preocupado com seu irmão e com sua própria recuperação, seu problema de depressão retornou. Em 27 de julho de 1890, atirou em si próprio e no dia 29 faleceu.
HENRI MATISSE (1869 - 1954)
Nasceu em Le Cateau-Cambrésis, norte da França. Começou a pintar em 1890, durante o período da convalescência.
Foi para Paris e estudou com Bouguereau na Academia Julian. De 1892 até 1897, foi estudar com Gustave Moreau na escola de Belas Artes. Lá ele conheceu Marquet, Camoin e Rouault. Quando foi trabalhar na Academia Carrière, em 1899, conheceu Derain e Puy, completando então o grupo que futuramente seriam reconhecidos como Fauves.
Sua primeira exposição, em 1904, ocorreu em Ambroise Vollard e não obteve grande sucesso. No ano seguinte, juntamente com o grupo, expôs no salão de Paris, desta vez, o grupo foi reconhecido como Fauves e Matisse como o líder.
Matisse conseguiu reputação internacional, exibindo em Paris e Alemanha.
Em 1908 fundou a Academia Matisse para uma seleção de estudantes cosmopolita e publicou "Notas de um Pintor" onde estavam suas crenças artísticas.
Desde 1904 Matisse trabalhou parte de cada ano no sul em Saint-Tropez e Collioure e mais tarde na Espanha e em Marrocos. Depois de 1916, passou a maioria dos invernos em Nice. Morreu em Cimiez, subúrbio de Nice em 1954.
Apesar de nunca ter se juntado aos Cubistas, sofreu algumas influências deste grupo. Entre 1913 e 1917 sua pintura era um pouco austera, com linhas retas e formas geométricas. Depois seu estilo ficou mais solto, figuras femininas e o interior foram seus principais temas, trabalhados em estilo livre e com cores decorativas.
Sua escultura era uma extensão da sua pintura. Na escultura, sua admiração pela Arte Primitiva estava mais aparente. Em alguns trabalhos ele explora o sólido, aspectos estruturais do corpo com um certo exagero afim de alcançar uma clara expressão da forma.
PAUL GAUGUIN (1848 - 1903)
Nasceu em Paris, em 1848, numa família de classe média. Por causa do golpe de estado de Luís Napoleão, sua família se mudou para a América do Sul. Aos sete anos, depois de viver em Lima, Peru, voltou para a França e foi estudar em Orléans e Paris. Aos 17 anos se alistou na marinha servindo até o ano de 1871.
Gouguin começou a se interessar pela arte, comprando alguns quadros impressionistas. Em 1883, começou a pintar com Pissarro em Osny. Entre 1880 e 1886, expôs seus trabalhos junto com o grupo de impressionistas.
Começou a ser influenciado pelos quadros de Cézanne e pelas pinturas Japonesas, mudando seu estilo. Se juntou a Van Gogh, mas suas diferenças de idéias logo os afastaram.
Ele e Schuffenecker organizaram uma exposição no Café Volpini em Paris, onde impressionaram os artistas do simbolismo.
Interessado na arte oriental, foi morar no Taiti. Ficou encantado com sua arte e estilo de vida. Antes de voltar para Paris, por necessidades tais como dinheiro, pintou "A lua e a terra" expressando a cultura Maori.
Logo voltou ao Taiti e com uma vida conturbada, passando por necessidades físicas e monetárias, tentou o suicídio. Se envolveu em conflitos com os europeus e com as autoridades, foi preso em março de 1903. Em maio, morreu na prisão.
CLAUDE MONET (1840-1926)
Nasceu em Paris, em 14 de fevereiro de 1840. Rapidamente seu talento foi revelado em Le Havre, lugar onde sua família foi morar.
Sua atitude perante a arte foi transformada quando viu a possibilidade de pintar ao ar livre. Sua coleção de pinturas japonesas também o ajudou para isso.
Em 1859 Monet voltou para Paris. Visitou o salão de artes muitas vezes e entrou para o ateliê suíço, onde Courbet havia trabalhado. Monet pôde apreciar muitos quadros de Courbet e Delacroix e se encontrar com os artistas desse período.
Teve que ir para a Argélia por causa do serviço militar. Seu pai o tirou de lá quando ficou seriamente doente. Voltando para Le Havre, sofreu influência de Johan Barthola Jongkind.
Voltou para Paris em 1862 e foi para a Escola de Belas Artes. Monet e seus colegas estudantes, Bazille, Renoir e Sisley formaram um grupo a parte. Em 1863 foram estudar pintura ao ar livre, na floresta de Fontainebleau em Chailly.
Em 1865 Monet passava dificuldades financeiras e Bazille dividiu com ele seu ateliê. Nessa época, seu nome se confundia com o de Edouard Manet, que já era consagrado e se irritou com a comparação. Monet que admirava Manet resolveu se afastar e voltou a pintar em Chailly. Courbet foi Visitá-lo e sugeriu algumas alterações em suas pinturas, depois de algum tempo, arrependeu-se das alterações que havia feito.
Em 1867 novamente enfrentou dificuldades financeiras. Bazille tentando ajudá-lo, comprou "Mulher no Jardim", mas isso não resolveu o problema. Monet se viu obrigado a voltar para Le Havre, nesse meio tempo nasce seu filho, Jean Monet em Paris.
No café Guerbois, em Paris, um lugar de encontro dos artistas, Monet se inspirou em estudar novas experiências. Ele e Renoir começaram a estudar os efeitos da luz na água, sua dedicação era tanta que acabou construiu um barco-estúdio para melhor aproveitamento de suas observações.
Monet foi o grande responsável pela primeira apresentação em grupo dos impressionistas em 1874. O nome impressionismo foi dado ao quadro de Monet "Impressão: nascer do sol". Em 1878 nasce seu segundo filho, Michel e no ano seguinte morre sua esposa, Camille.
Monet expôs com o grupo muitas vezes e trabalhou em vários lugares próximos de Paris. Casou-se novamente com a viúva de um amigo seu, Ernest Hoschedé e foram viver em Giverny, próximo ao rio Epte, em 1883. Morreu no ano de 1926 neste mesmo local.
Em Giverny, a partir de 1890, ele começou a pintar em horas diferentes do dia, de acordo com a mudança da luz.
Monet se dedicou a observar e pintar as diversas intensidade da luz e das cores, seu estilo influenciou até mesmo os artistas do século XX.
FONTE: JORNAL A TARDE
A arte na Grécia Antiga
As manifestações artísticas no mundo grego alcançaram notável desenvolvimento, refletindo as tradições e as principais transformações que ocorreram nessa sociedade ao longo da antigüidade.
A arte grega è antropocentrica, preocupada com o realismo, procurou exaltar a beleza humana, destacando a perfeição de suas formas, è ainda racionalista, refletindo em suas manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem.
A arte Pré Helênica
A arte cretense chegou até nós a partir das ruínas do Palácio de Cnossos, e demonstra a influência das civilizações do Oriente Próximo, como a grandiosidade do próprio palácio, assim como as características da pintura, principalmente as figuras humanas, normalmente caracterizadas pela cabeça em perfil e os olhos de frente; o corpo de frente e as pernas de perfil.
A arte micênica caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micênico (sala central do palácio de Micenas) e pelo desenvolvimento do artesanato em cerâmica, onde encontramos figuras decorativas, retratando cenas do cotidiano. Apesar da forte influência cretense, a arte micênica tendeu a desenvolver elementos peculiares, iniciando uma distanciação das influências orientais.
Homens e deuses na arte grega
A arte grega è antropocentrica, preocupada com o realismo, procurou exaltar a beleza humana, destacando a perfeição de suas formas, è ainda racionalista, refletindo em suas manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem.
A arte Pré Helênica
A arte cretense chegou até nós a partir das ruínas do Palácio de Cnossos, e demonstra a influência das civilizações do Oriente Próximo, como a grandiosidade do próprio palácio, assim como as características da pintura, principalmente as figuras humanas, normalmente caracterizadas pela cabeça em perfil e os olhos de frente; o corpo de frente e as pernas de perfil.
A arte micênica caracterizou-se principalmente pelo desenvolvimento da arquitetura, tendo como modelo o megaron micênico (sala central do palácio de Micenas) e pelo desenvolvimento do artesanato em cerâmica, onde encontramos figuras decorativas, retratando cenas do cotidiano. Apesar da forte influência cretense, a arte micênica tendeu a desenvolver elementos peculiares, iniciando uma distanciação das influências orientais.
Homens e deuses na arte grega
Para compreendermos melhor as manifestações artísticas dos gregos é necessário retomar a importância da religião e de sua manifestação na vida humana.
A MITOLOGIA significa o estudo dos mitos, ou seja , o estudo da história dos deuses. Isso quer dizer que, para os gregos, cada deus nasceu em um certo momento e desenvolveu sua vida com características próprias. Mais, os gregos deram representavam os deuses com a forma humana e principalmente acreditavam que possuíam virtudes e defeitos.
A religião grega dava grande valor aos deuses ao mesmo tempo em que dava grande valor aos homens. Por isso sua cultura é considerada antropocêntrica, individualista e racional; é ainda hedonista, possibilitando ao homem a realização de obras de que reflitam seus sentimentos internos, produzindo por prazer, sem ser utilitarista, como vimos na cultura antiga oriental, pragmática.
A arquitetura grega
A MITOLOGIA significa o estudo dos mitos, ou seja , o estudo da história dos deuses. Isso quer dizer que, para os gregos, cada deus nasceu em um certo momento e desenvolveu sua vida com características próprias. Mais, os gregos deram representavam os deuses com a forma humana e principalmente acreditavam que possuíam virtudes e defeitos.
A religião grega dava grande valor aos deuses ao mesmo tempo em que dava grande valor aos homens. Por isso sua cultura é considerada antropocêntrica, individualista e racional; é ainda hedonista, possibilitando ao homem a realização de obras de que reflitam seus sentimentos internos, produzindo por prazer, sem ser utilitarista, como vimos na cultura antiga oriental, pragmática.
A arquitetura grega
A principal manifestação da arquitetura foram os templos gregos.
O fato de serem politeístas e de acreditarem na semelhança entre deuses e homens, criou uma expressão religiosa singular no Mundo Grego, sendo que os templos dos mais variados deuses se espalharam por todas as cidades gregas.
Os templos eram construídos normalmente sobre uma plataforma de um metro de altura chamada estereóbato.
Os edifícios públicos também têm importância arquitetônica e refletem as transformações [políticas vividas pelas principais cidades gregas, como Atenas.
A utilização de colunas de pedra é uma das características marcantes da arquitetura grega, sendo responsável pelo aspecto monumental das construções.
A princípio as colunas obedeceram a dois estilos: o Dórico, mais simples e "mais pesado" , e o Jônico, considerado "mais suave". No século V surgiu o estilo Coríntio, considerado mais ornamentado, refinado. Foi neste século V , também conhecido como século de ouro ou ainda século de Péricles, que a arquitetura conheceu seu maior desenvolvimento, tendo como grande exemplo o Partenon de Atenas, do arquiteto Ictino.
A escultura grega
O fato de serem politeístas e de acreditarem na semelhança entre deuses e homens, criou uma expressão religiosa singular no Mundo Grego, sendo que os templos dos mais variados deuses se espalharam por todas as cidades gregas.
Os templos eram construídos normalmente sobre uma plataforma de um metro de altura chamada estereóbato.
Os edifícios públicos também têm importância arquitetônica e refletem as transformações [políticas vividas pelas principais cidades gregas, como Atenas.
A utilização de colunas de pedra é uma das características marcantes da arquitetura grega, sendo responsável pelo aspecto monumental das construções.
A princípio as colunas obedeceram a dois estilos: o Dórico, mais simples e "mais pesado" , e o Jônico, considerado "mais suave". No século V surgiu o estilo Coríntio, considerado mais ornamentado, refinado. Foi neste século V , também conhecido como século de ouro ou ainda século de Péricles, que a arquitetura conheceu seu maior desenvolvimento, tendo como grande exemplo o Partenon de Atenas, do arquiteto Ictino.
A escultura grega
Entre os séculos XI e IX a.C. a escultura produziu pequenas obras, representando figuras humanas, em argila ou marfim. Durante o período arcaico a pedra tornou-se o material mais utilizado, comum nas simples estátuas de rapazes ( Kouros) e de moças (Korés) e ainda refletiam a influência externa.
O apogeu da escultura ocorreu no período clássico, durante o século V , quando as obras ganharam maior realismo, procurando refletir a perfeição das formas e a beleza humana, e posteriormente ganharam dinamismo, como se percebe no Discóbolo de Miron.
O apogeu da escultura ocorreu no período clássico, durante o século V , quando as obras ganharam maior realismo, procurando refletir a perfeição das formas e a beleza humana, e posteriormente ganharam dinamismo, como se percebe no Discóbolo de Miron.
Arquitetura Egípcia
Templo de Luxor
A arquitetura egípcia aliava imponência e simplicidade. Todas as suas formas se originavam da casa residencial. Esta tinha plano retangular e dispunha-se em torno de troncos de palmeiras ou de outras árvores. Mesmo depois que os egípcios adotaram outros materiais - como a pedra -, subsistiram na decoração os temas vegetais: lótus, palma, papiros.
Com a expansão do poder do clero, o templo passou a ser a forma arquitetônica dominante; neles, fileiras de esfinges ladeavam a estrada sagrada. As colunas eram coloridas, ostentando motivos da natureza vegetal. O capitel, pefeitamente geométrico, tinha os ornatos na base e no alto da coluna estilizando a flôr de lótus (uma das características mais marcantes da arquitetura e decoração egípcias).
Os móveis, de formas rígidas, eram ricamente ornados de uma decoração de cores vivas - seguindo o mesmo estilo da arquitetura. Flores de lótus e papiro, brotos, grinaldas e animais aparecem nas decorações dos móveis.
As cores eram sempre vivas e as linhas muito simples, geométricas, como na arquitetura e mesmo nas vestimentas. Note que também a taça tem forma de flor de lótus.A escultura servia então à arquitetura completando-a, geralmente em forma de baixos-relevos que - de pedra ou bronze - representavam tanto as cenas diárias quanto as vitórias dos faraós, ou ainda
paisagens simplificadas. Nunca há perspectiva: nas figuras, olhos e ombros aparecem de frente, embora o resto do corpo de perfil; o faraó é sempre muito mais alto que o sacerdote ou militar, o cortesão, o servo, o inimigo derrotado. Mas é menor do que o deus que personificava na terra, segundo os egípcios.
A pintura complementava a escultura ou decorava as grandes superfícies dos edifícios. Não se utilizavam gradação, mistura de tonalidades, nem claro-escuro. As cores mais comuns eram cinza e azul, além do preto. No teto azul dos templos, as estrelas estão representadas por pequenos pontos luminosos.
As pirâmnides são sem dúvidas o paradigma da arquitetura egípcia. Suas técnicas de construção continuam sendo objeto de estudo para engenheiros e historiadores. A pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep, e essa magnífica obra lhe valeu a divinização. No início as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas; eram feitas de barro, recebendo o nome de mastabas (banco). Foi desse arquiteto a idéia de superpor as mastabas, dando-lhes a forma de pirâmide. Mastabas portanto, eram edificações que se sobressaiam da terra, nas tumbas egípcias, e eram formadas por um módulo compacto de pedras ou tijolos, tendo as paredes inclinadas e de forma retangular.
Pirâmide escalonada de Djeser
A pirâmide escalonada de Djeser, idealizada pelo arquiteto e médico Imhotep, é a primeira estrutura desse tipo. Construída com pedra em vez de adobe, veio a ser a novidade que deixou para trás a tradicional mastaba, muito mais simples na forma. Também se deve a Imhotep a substituição do barro pela pedra, o que sem dúvida era mais apropriado, tendo em vista a conservação do corpo do morto.
As primeiras pirâmides foram as do rei Djeser, e elas eram escalonadas. As pirâmides mais célebres do mundo pertencem à dinastia IV e se encontram em Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, cujas faces são completamente lisas. A regularidade de certas pirâmides deve-xe aparentemente à utlização de um número áureo, que muito poucos arquitetos conheciam.
Pirâmides de Quéops, Quéfrem e Miquerinos
Outro tipo de construção foram os hipogeus, templos escavados nas rochas, dedicados a várias divindades ou a uma em particular. Normalmente eram divididos em duas ou três câmaras: a primeira para os profanos; a segunda para o faraó e os nobres; e a terceira para o sumo sacerdote. A entrada a esses templos era protegida por galerias de estátuas de grande porte e esfinges.
Entrada do templo de Abu Simbel
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