Prof. Marcio Carneiro

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cinquecento

O cinquecento, será marcado por uma nova leva de importantes artistas, o surgimento de alguns estilos dentro do renascimento, a influência advinda daReforma Protestante e o movimento artístico do Maneirismo.
Um dos primeiros nomes de destaque desta nova fase da renascença fora o jovem prodígio Rafael Santi (1483-1520) o qual vivenciou ao lado de outros artistas como Bellini, Leonardo, Boticelli e Michelangelo a transição do século XV para o XVI. Alguns historiadores preferem chamar os anos que marcam as décadas de 1480 a 1530 como a Alta Renascença em referência a apogeu da arte renascentista.

Madona Sistina (1513-1514). Rafael Santi

"O mais jovem dos três grandes gigantes da Alta Renascença italiana, Raphael é mais conhecido por seus afrescos do Vaticano, inúmeras Madonas e retratos fascinantes, incluindo a bonita La Fornarina (hoje, revelada como esposa secreta do pintor) e o assustador Papa Julius II". (GERLINGS, 2008, p. 162).
Rafael ficou conhecido por seus traços suaves e sua exímia períficia na arte do desenho. De grande talento, tivera uma vida curta, mas seus estudos remontam a influência da arte de Leonardo, Michelangelo, os quais a quem é comparado, e as obras de Bartolomeu e Masaccio.
Dentre estes artistas da Alta Renascença o único que de maior expressividade que viveria para ver a próxima fase do renascimento fora Michelangelo, contudo algo passou a lhe incomodar com respeito aos novos artistas.
"Pintava-se à maneira de Leonardo ou de Rafael, e as obras eram apreciadas como michelangiolescas, leonardescas, rafaelescas... Os grandes nomes tinham se tornado adjetivos". (BYINGTON, 2009, p. 28).
Não era que Michelangelo achasse ruim a homenagem ao seu trabalho, mas ele passou a dizer que estes novos artistas já não tinham mais criatividade, eles passaram apenas a copiar e a imitar os grandes artistas. Chegou-se a um ponto que em meados do século XVI a arte renascentista ficara momentaneamente estagnada.
"Quem vai sempre atrás dos outros jamais chega à frente", teria dito Michelangelo a proprósito do novo curso, referindo-se à necessidade de imitar a natureza como modelo imensamente mais rico do que a obra de qualquer artista". (BYINGTON, 2009, p. 28).
A solução para este entrave veio com o maneirismo, o qual desenvolvido por volta da década de 10 ou 20 do século XVI, levou os artistas a buscarem sua originalidade, ou "maneira", assim o maneirismo passou a valorizar o individualismo de cada artista, criando-se novos traços e formas. Este movimento artístico se espalhou pela Europa e perdurou até o século XVII, abarcando a pintura, escultura, gravura, desenho, arquitetura, música e literatura.
"Irrealismo, sofisticação e refinamento são os traços dominantes; o corpo humano se alonga, os temas confinam com o fantástico e até mesmo o esotérico, as cores tornam-se ácidas. Na Itália, os representantes mais ilustres foram Pontormo, Parmigiano, G. Romano (pintura e arquitetura), Bronzino, Cellini, Giambologna, Ammanati. Na França o maneirismo desenvolveu-se com a escola de Fontainebleau, graças a presença de Rosso, Primaticcio e de Niccolò dell'Abate; nos Países Baixos, com J. Metsys e F. Floris, J. Van Scorel e H. Goltzius. Floresceu em Praga com B. Spranger e chegou à Espanha, onde se manifestou nas obras de L. de Morales e de El Greco". (Grande Enciclopédia Larousse Cultural, 1998, v. 15, p. 3773).

O rapto da Sabina (1581-1582). Giambologna. Exemplo de escultura do maneirismo

O próprio Michelangelo se tornou adepto do maneirismo. Outros artistas que se notabilizaram nesta época foram Titian (1488-1576), um dos grandes nomes da arte em Veneza. Titian não apenas usava pincéis, mas passou a utilizar as mãos e pedaços de panos, dando novos traços e tons para suas pinturas. Seu trabalho influenciou Tintorreto e vários artistas do século XVII ao XIX.
Jacopo Tintorreto (1518-1594), o qual tendo passado praticamente toda a sua vida a trabalho do governo de Veneza, se notabilizou com um dos grandes artistas desta cidade. Sua arte envolvia o estilo renascentista, o maneirismo e contribuiu para o barroco. Um ponto importante em seu trabalho era a importância que ele dava ao jogo de luz e sombra, que tornou suas obras ousadas entre os maneiristas. Seu trabalho influenciou El Greco e Rubens.

Roubo do Corpo de São Marcos (1562-1566). Jacopo Tintorreto

Na Espanha, o pintor, escultor e arquiteto El Greco (1541-1614), pseudônimo de Domenikos Theotokopoulos, fora um dos nomes mais representativos do estilo renascentista e do maneirismo em solo espanhol. Homem orgulhoso e assertivo, não conseguiu fama na Itália e passou a viver o resto da vida na Espanha. Suas obras abordam principalmente temas religiosos e místico, os quais foram acrescidos a introdução de uma dinaminzação própria, com espaços comprimidos e formas torcidas em alguns casos. Se estilo não possui seguidores, e seu legado permanceu até o século XIX esquecido.
O maneirismo é considerado por alguns historiadores da arte, como um movimento complicado de ser definido, já que no século XVI, ele esboça uma diferança as vezes não claras em relação ao estilo renascentista, e quando se chega no século XVII ele se confude algumas vezes com o barroco. O barroco substituíria a arte renascentistana Europa, tanto nos países católicos e protestantes, e ganhariam as Américas também, algo que o renascimento não conseguiu tanta expressividade fora da Europa.

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