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sábado, 6 de agosto de 2011

CULTURA NOTICIAS

CULTURA

Exposições individuais dos artistas
Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite

Obra: tinta esmalte sobre placa de poliuretano - Karen Kabbani

Roteiro cultural

Por Décio Hernandez Di Giorgi
São Paulo
Galeria Virgilio inaugura mostras individuais de Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite
A Galeria Virgilio inaugura no dia 09 de agosto, terça-feira, as mostras individuais dos artistas Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite. As mostras ficam em cartaz até o dia 03 de setembro. Entrada gratuita
O conjunto das obras exibido na individual de Karen Kabbani evidencia a recente transformação da produção da artista, que ora se volta para a exploração dos processos espontâneos na pintura. Os feixes de tinta regulares agora obedecem uma dinâmica caótica, fruto da interação físico-química do esmalte sintético com o vinil que recobre as chapas. A exposição na galeria corre em paralelo à individual da artista em cartaz no CCSP até 14 de agosto.
O peso que a impossibilidade de controle adquire nas obras acentua a incontinente contribuição do acaso no processo criativo da artista.
Na individual de Diogo de Moraes, por outo lado, o acaso ingressa por um novo viés, ganhando status de ícone urbano. Sua série de desenhos figurativos aponta a criação de uma espécie de léxico a partir da representação do ato de circular que sofre uma manobra poética, transformando-se em crítica ao caráter compulsório das andanças rotineiras", nas palavras do artista.
Na série Desenhos de Percurso, por sua vez, representa cenas urbanas prosaicas como uma mulher andando apressada ou um homem com pescoço virado para trás. Entretanto, seu interesse não reside tanto na imagem, mas na ironia que se estabelece no diálogo desta com o comentário manuscrito que intitula cada uma delas.
O paraibano Julio Leite exibe fotografias, serigrafias, livro de artista e pintura. Em sua série Croma, o artista explora as possibilidades de interação entre enunciados visuais, quais sejam a palavra escrita e as cores. Texto e campo cromático ora consoantes, ora em desalinho são vetores para um exercício metalingüístico que se vale da criação de ruídos entre duas linguagens.
Karen Kabbani (1968). Vive e trabalha em São Paulo
Graduada em administração na PUC-SP em 1992. Expôs na Galeria Virgílio em São Paulo (2009); Funarte - Atos Visuais em Brasília (2008); e no MARP em Ribeirão Preto, em 2007.
Julio Leite (1969). Vive e trabalha em Campina Grande (PB)
Graduado em Comunicação Social pela UEPB em 2000. Foi professor substituto da Universidade Federal de Campina Grande (2002-2005), momento em que se dedica à pesquisa e orientação de projetos em arte-urbana, vídeo, fotografia e arte tecnológica. Em 2004 cria e dirige a Galeria Cilindro, site specific, na cidade de Campina Grande.
Diogo de Moraes (1982). Vive e trabalha em São Paulo
Artista visual, arte-educador e programador cultural. Participou de exposições no Centro Cultural São Paulo CCSP, Museu de Arte de Ribeirão Preto (MARP), Paço das Artes, Museu Murilo La Greca (PE), Museu Vitor Meireles (SC) e na Funarte (RJ), onde foi contemplado com o Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea.

Serviço:
Exposições individuais dos artistas Karen Kabbani, Diogo de Moraes e Julio Leite
Abertura: 09 de agosto, terça-feira, a partir das 19 horas
Período expositivo: de 10 de agosto a 03 de setembro de 2011
Local: Galeria Virgilio. Rua Virgílio de Carvalho Pinto, 426. Telefone: (55 11) 2373 2999
Horários: de segunda a sexta, das 10 às 19h; e sábados, das 10 às 17h. Entrada franca
www.galeriavirgilio.com.br

Por Nelson Moreira Jr (Assessoria de imprensa do MNBA)
MNBA
Galeria de Arte Brasileira do Século XIX
Exposição permanente mais antiga do Rio de Janeiro está de volta ao publico


Fechada para obras de reforma desde 2008, a nova Galeria de Arte Brasileira do Século XIX

A importância do evento pode ser medida pelo fato de a Galeria de Arte Brasileira do Século XIX concentrar num só espaço nada menos do que os mais significativos autores e obras produzidas no século XIX no Brasil. Não bastasse isso, trata-se da galeria de arte permanente mais antiga do Rio de Janeiro, pois no inicio do século XX, abrigava uma seleção da pinacoteca da Escola Nacional de Belas Artes,cujo acervo, em parte, foi mais tarde transferido para o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC.
Dentro da imensa Galeria de Arte Brasileira, provavelmente a maior do Brasil, com 2 mil metros² e 8 metros de pé direito, estarão em exibição 230 trabalhos, ou seja, 100 a mais do que a versão anterior. A coleção engloba pinturas, esculturas, arte sobre papel e mobiliário, todos restaurados para a mostra.
O espaço foi reformulado segundo um novo conceito crítico e expográfico e vai espelhar uma renovada concepção museológica. A reforma do espaço, a pesquisa realizada buscou os padrões da pintura original, da mesmo forma como a recuperação dos vidros e maçanetas.
Entre os destaques estão icones da artes visuais como “Batalha do Avai”, de Pedro Américo(medindo 66 m², data:1872/1877) ; “Batalha dos Guararapes”(com 50 m², data: 1879) e “Primeira Missa no Brasil”(1860), ambas de Vitor Meireles. Além destas obras monumentais, a mostra vai exibir “Más noticias”, de Rodolfo Amoedo(1895); “Descanso da modelo”, de Almeida Junior(1882), “Gioventu”, de Eliseu Visconti(1898), além de esculturas como “Cristo e a mulher adúltera”, de Rodolfo Bernardelli(1888); “O rio Paraíba do Sul”, de Almeida Reis(1886); e “Alegoria do Império Brasileiro”, de Chaves Pinheiro(1872). Além disso estão presentes trabalhos assinados por Belmiro de Almeida, Debret, Agostinho da Mota, Taunay, Araújo Porto Alegre, Zeferino da Costa, Castagneto, Antonio Parreira, Henrique Bernardelli, Facchinetti, e Estevão Silva, dentre dezenas de outros.
Algumas curiosidades cercam esta exposição permanente: a tela “São Pedro de Alcantara”(autor desconhecido) vai poder ser vista pela primeira vez, enquanto que a pintura “O remorso de Judas”, de Almeida Junior, volta às paredes da Galeria depois de 60 anos. O último segmento da Galeria ganhou um espaço para abrigar obras de arte sobre papel, como aquarelas de Rodolfo Amoedo e de Henrique Bernardelli, por exemplo.
Conforme lembra o curador Pedro Xexéo, já de algum tempo está havendo uma revisão conceitual da historiografia artistica internacional, sendo assim a arte “academica” produzida no Seculo XIX tem sido revista e alguns autores estão sendo redescobertos. Em função desta percepção, varios nomes presentes na Galeria de Arte Brasileira do Seculo XIX apresentam um perfil de notavel dominio tecnico e artistico, qualidades que contribuiram para o aprimoramento da arte daquele periodo e que somaram na introdução da modernidade brasileira.
Traçando um roteiro da exposição, o museólogo Pedro Xexéo afirma que “procura-se esboçar nesta galeria o retrato mais aproximado da evolução da arte produzida durante o século XIX no Brasil. Desenrola-se um vasto panorama que narra, pouco a pouco, seus capitulos significativos, compreendidos entre a segunda década do século XIX e os anos iniciais do seculo XX. Sucedem-se esculturas e pinturas que ilustram não só os estilos tradicionais – o neoclassicismo, o romantismo brasileiro e algumas de suas variantes, como o realismo, o esboço de uma arte simbolista e um exemplar temporão do impressionismo – como também os generos tipicos da arte oitocentista: aquele inspirado por eventos historicos, o retrato, a cena de genero, a natureza-morta, a paisagem de ateliê e ainda, sua contrapartida realista, a paisagem ao ar livre, nascida fora das academias”.
A restauração da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX do Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC contou com o aporte financeiro de instituições e órgãos como a Petrobras, o BNDES, o Banco Itaú, a Caixa Econômica Federal e o Ministério do Turismo, além de recursos diretos do Ministério da Cultura.
Reabertura da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX
Horário: terça a sexta, de 10/18h; sabado, domingo e feriado: 12/17h
Endereço do MNBA: Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia - Visite o site: www.mnba.gov.br

Por Roberta Mattoso
Rio - Exposição
Bonito por natureza: Rio ontem e hoje
Belos cenários cariocas retratados por antigos viajantes europeus e fotógrafos contemporâneos
16 de maio a 19 de setembro de 2011 - Museu da Chácara do Céu

Inspirado em Jorge Benjor, Bonito por natureza foi o título escolhido para a exposição de imagens que retratam o olhar amoroso para o Rio de Janeiro. Juntar a beleza do passado e do presente como homenagem à cidade, demonstra que a visão dos antigos artistas no século XIX se mantém, e ainda é captada com novas tecnologias e a sensibilidade dos fotógrafos contemporâneos Almir Reis e Jaime Acioli. O público pode confirmar que essa cidade continua linda, de 16 de maio a 19 de setembro, no Museu Chácara do Céu, em Santa Teresa.
Várias peças da Brasiliana (o termo engloba coleções de quadros, livros, objetos, imagens e documentos sobre o Brasil) fazem parte da coleção de Castro Maya (1894-1968). Algumas foram herdadas e outras adquiridas ao longo de sua trajetória como amante e mecenas das artes, com um interesse especial por obras que retratassem o Brasil histórico e que, através da ótica da sensibilidade estética européia, desvendavam o país e construíam uma interpretação do Brasil, com ênfase em sua capital.
Em homenagem a este amante do Rio que foi Castro Maya, o Museu Chácara do Céu selecionou obras de alguns pintores estrangeiros que se renderam às belezas da cidade, deixando marcas de seus personagens e da sua paisagem durante o século XIX. São trabalhos de profissionais como os alemães Emil Bauch e Friedrich Hagedorn, ou de artistas amadores, como o inglês Richard Bate e o oficial naval norte-americano Melanchton Brooks Woolsey. Suas obras nos deixam a versão de um Rio de Janeiro visto e pensado pelo olhar do outro.

Serviço:

Exposição "Bonito por natureza: Rio ontem e hoje", de 16 de maio até 19 de setembro.
Diariamente, exceto terças-feiras, das 12 às 17 horas
Ingresso: R$ 2,00
Gratuidades: maiores de 65, menores de12, grupos escolares em visita programada, membros do ICOM, professores e guias de turismo em serviço
Quartas-feiras: gratuito para todos

Museu da Chácara do Céu
Rua Murtinho Nobre 93, Santa Teresa /RJ - Tel.: 21 - 3970 1126
Estacionamento no local
www.museuscastromaya.com.br

Por Mariana Duarte
Cultura
Hábito Cultural do Brasileiro cresce em 2010, segundo Pesquisa da Fecomércio-RJ

Leitura, Cinema e Shows de Música foram as opções que tiveram os maiores avanços entre as atividades culturais
Pesquisa Nacional sobre Hábitos Culturais, realizada pela Fecomércio-RJ em parceria com a Ipsos, mostra um aumento de 13 pontos percentuais no número de brasileiros que frequentaram alguma atividade cultural no ano passado. Em 2009, 40% da população acima de 16 anos desfrutou, pelo menos uma vez, de algum hábito de lazer cultural, enquanto no ano passado essa proporção subiu para 53%.
Entre as opções listadas, a leitura, o cinema e os shows de música registraram as maiores adesões desde o início da pesquisa, em 2007
Segundo o levantamento, os brasileiros estão lendo mais. Em 2010, 34% dos entrevistados informaram que leram no mínimo um livro, contra 23%, em 2009. O crescimento da prática está relacionado às bienais literárias e também ao avanço dos E-books. A maior expansão ocorreu na população com 60 anos ou mais: de 9%, em 2009, para 23%, em 2010. No entanto, dois em cada três brasileiros continuam sem o hábito de ler, porém, um ano antes essa proporção era ainda maior: três em cada quatro.
O hábito do brasileiro de ir ao cinema também foi outra opção que teve aumento: 10 pontos percentuais de um ano para o outro. O apelo dos filmes 3D, as promoções e descontos realizados por empresas para atrair o público às salas de exibição são os fatores que mais influenciaram nesse sentido.
Com relação ao shows de música, o crescimento ocorreu devido ao investimento dos artistas neste nicho através carnavais fora de época, micaretas, entre outros eventos, já que a venda dos CDs deixou de ser a principal fonte de recursos e visibilidade.
Uma questão central constatada pela pesquisa é que a maioria dos brasileiros não frequenta atividades culturais por falta de hábito ou por não gostar. No caso de livro, por exemplo, a falta de hábito é a justificativa de 66% dos que não leem, enquanto a falta de gosto, de 23%. Portanto, a opção de ir ou não a programas culturais no Brasil não passa, necessariamente, pela questão do preço e, muito menos, pela falta de opções.
Ainda assim, no geral, pode-se observar que os brasileiros realizaram mais atividades culturais em 2010 que no ano anterior.
Porém, ainda que a situação tenha melhorado, vale ressaltar que a falta de hábitos culturais entre parcela significativa da população segue como um desafio ao país. Programas culturais de lazer permanecem ausentes da agenda de praticamente metade dos brasileiros, tendo em vista que, no ano passado, 47% não realizaram nenhuma das seis opções culturais listadas pela pesquisa - leitura, cinema, teatro, show musical, exposição ou espetáculo de dança.
A principal razão para a realização desta pesquisa - em sua quarta edição - está no fato de o Sistema Fecomércio-RJ, composto por Sesc, Senac e Fecomércio-RJ, considerar a cultura um dos principais meios de inserção social, um fator essencial para o desenvolvimento do país.
O levantamento da Fecomércio-RJ/Ipsos entrevista anualmente mil pessoas, em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas e tem como objetivo mensurar as atividades relacionadas à cultura.

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