VITRAL / UM POUCO DA HISTÓRIA
Ocupando o espaço que corresponde a uma janela o vitral tem a função tanto decorativa quanto de iluminação. Confeccionado com pedaços de vidros coloridos e transparentes, eram unidos entre si, à princípio, por meio de nervuras metálicas. Era empregado nas catedrais e construções góticas.
Embora pareçam tão antigos quanto os vidros, na realidade os vitrais só foram difundidos a partir do século X, na França.
Vinculado, ainda à arquitetura, a técnica de produção de vitrais teve seu apogeu no séc. XIII e foi caindo em desuso no séc. IV, para se aproximar da pintura. Entrou em franca decadência no séc. XVI. Dessa maneira acabou por perder em grande parte a importância que tivera na arte medieval.
Não restou nenhum vitral do séc. X: o da catedral de Reims / França, foi inteiramente destruído e o da catedral de Magdebourg, construída no ano 1000 foi bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial.
Do séc. XI sobreviveu alguns exemplares como o da catedral de Augsburgo / Alemanha e de Le Mans / França. Este último reúne quatro painéis sobre a Ascensão de Cristo, de composição não inteiramente gótica, mas um pouco românica. Em muitos desses vitrais a importância da luz e da cor é maior do que a do desenho.
Já no séc. XIII, o potássio – que formava bolhas nos vidros e favorecia sua decomposição pela refração da luz – foi substituído pela soda, na composição dos vidros, e as nervuras passaram a ser montadas com barras de ferro cobertas de chumbo. Essas mudanças explicam a evolução do vitralismo e a excepcional qualidade das obras produzidas nessa época.
O vitral de maior importância produzido na idade Média é o da catedral de Chartres, seguido pelo de Bouges, ambos executados pelos mesmos ateliers de vitralistas em princípio do séc. XIII.
Nessa época floresceu ateliers em toda a França, com estilos não muito diferentes, mas variando nas cores. Desenvolveram-se, também, ateliers na Alemanha e Inglaterra.
Com quase totalidade, os vitrais até aqui sofreram influência bíblica, porém no séc. XV começaram a apresentar figuras mais naturalistas, com animais, objetos e flores. As nervuras passaram a ser esmaltadas, os desenhos mais delicados como na igreja de Montmorency.
No séc. XIX ocorreu uma tentativa de retomada do vitralismo, através do estilo gótico. Eugènne E.Villet-le-Duc restaurou em 1848 a Saint-Chapelle para o que foi necessário repesquisar as técnicas dos séculos XII e XIII que se haviam perdido. A composição de vitrais no séc. XX aparece ligada às pesquisas de pintura como as experiências de luz e cor do abstracionismo.
Servindo de acessório à arquitetura os vitrais foram utilizados na capela de Notre Dame Du Hant, construída entre 1950 e 1955 por Le Corbusier, em Ronchamp. Dentre os vritralistas contemporâneos destacam-se o alemão Karl S. Rotluff e o inglês Hogan – criadores da igreja São Tomás, em Nova York.
Catedral de Chartres (clique para aumentar)
Ocupando o espaço que corresponde a uma janela o vitral tem a função tanto decorativa quanto de iluminação. Confeccionado com pedaços de vidros coloridos e transparentes, eram unidos entre si, à princípio, por meio de nervuras metálicas. Era empregado nas catedrais e construções góticas.
Embora pareçam tão antigos quanto os vidros, na realidade os vitrais só foram difundidos a partir do século X, na França.
Vinculado, ainda à arquitetura, a técnica de produção de vitrais teve seu apogeu no séc. XIII e foi caindo em desuso no séc. IV, para se aproximar da pintura. Entrou em franca decadência no séc. XVI. Dessa maneira acabou por perder em grande parte a importância que tivera na arte medieval.
Não restou nenhum vitral do séc. X: o da catedral de Reims / França, foi inteiramente destruído e o da catedral de Magdebourg, construída no ano 1000 foi bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial.
Do séc. XI sobreviveu alguns exemplares como o da catedral de Augsburgo / Alemanha e de Le Mans / França. Este último reúne quatro painéis sobre a Ascensão de Cristo, de composição não inteiramente gótica, mas um pouco românica. Em muitos desses vitrais a importância da luz e da cor é maior do que a do desenho.
Já no séc. XIII, o potássio – que formava bolhas nos vidros e favorecia sua decomposição pela refração da luz – foi substituído pela soda, na composição dos vidros, e as nervuras passaram a ser montadas com barras de ferro cobertas de chumbo. Essas mudanças explicam a evolução do vitralismo e a excepcional qualidade das obras produzidas nessa época.
O vitral de maior importância produzido na idade Média é o da catedral de Chartres, seguido pelo de Bouges, ambos executados pelos mesmos ateliers de vitralistas em princípio do séc. XIII.
Nessa época floresceu ateliers em toda a França, com estilos não muito diferentes, mas variando nas cores. Desenvolveram-se, também, ateliers na Alemanha e Inglaterra.
Com quase totalidade, os vitrais até aqui sofreram influência bíblica, porém no séc. XV começaram a apresentar figuras mais naturalistas, com animais, objetos e flores. As nervuras passaram a ser esmaltadas, os desenhos mais delicados como na igreja de Montmorency.
No séc. XIX ocorreu uma tentativa de retomada do vitralismo, através do estilo gótico. Eugènne E.Villet-le-Duc restaurou em 1848 a Saint-Chapelle para o que foi necessário repesquisar as técnicas dos séculos XII e XIII que se haviam perdido. A composição de vitrais no séc. XX aparece ligada às pesquisas de pintura como as experiências de luz e cor do abstracionismo.
Servindo de acessório à arquitetura os vitrais foram utilizados na capela de Notre Dame Du Hant, construída entre 1950 e 1955 por Le Corbusier, em Ronchamp. Dentre os vritralistas contemporâneos destacam-se o alemão Karl S. Rotluff e o inglês Hogan – criadores da igreja São Tomás, em Nova York.
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