Prof. Marcio Carneiro

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Monet


Levar Del Sole

Pintor francês, tido como o maior expoente do Impressionismo. Durante muito tempo Monet foi considerado, como Cézanne observou, "meramente um olho, mas que olho", traduzindo para as telas as imagens diante dele. Cézanne foi um pintor intelectual, criador de uma teoria que se tornou a base da arte moderna; quando ele chamou Monet de "meramente um olho", não quis dizer o olho mundano através do qual a maioria de nós vê o mundo. O olho de Monet era o olho de um pintor, um olho com uma mente criativa por detrás, interpretando a realidade aparente e colocando-a no contexto das idéias do pintor, criando assim uma nova visão para o espectador.
A abordagem do mundo por Monet seguia linhas venezianas em vez de florentinas: ele interpretava o mundo através da cor e não do desenho. Seus ancestrais são Ticiano e Claude, e não Michelangelo e Poussin. Como seus predecessores, Monet descobriu que a cor tem suas próprias razões, assim como o desenho, a cor rompe as nítidas exigências da linha. Monet buscava a verdadeira realidade por trás da aparência visual esticando a cor até seu limite e procurando, na própria natureza, aquelas nuanças significantes que expressam a realidade do mundo.

La stazione di Saint Lazare

Claude Oscar Monet nasceu em Paris, no dia 14 de novembro de 1840. Seu pai era comerciante de secos e molhados e queria que o filho tivesse uma profissão. O destino decidiu o contrário. Quando Monet estava com cinco anos, a família se mudou para Le Havre, um agitado porto marítimo na desembocadura do Sena, perto das espetaculares rochas brancas de Etretat e Fécamp. O jovem Monet ficou excitado com o movimento das embarcações e com os variantes humores do mar - eles atraíam seu temperamento naturalmente volátil e sentimental.
No final da adolescência, ele conheceu Eugène Bodin, pintor que tinha uma loja de pigmentos em Honfleur. Bodin viu alguns desenhos do jovem Monet e o encorajou a pintar e, o que é mais, a pintar ao ar livre, método não muito comum numa época de pintores de ateliê.

Effet da neve em Vetheuil

Entusiasmado com a idéia de ser pintor, Monet foi para Paris, ingressando na Académie Suisse e no estúdio Gleyre. Ambos os lugares eram sementeiras para novas gerações de pintores e ali Monet conheceu Bazille, Pissaro, Renoir, Sisley e outros, os dois últimos se tornara seus amigos para o resto da vida.
Em 1870, Monet casou-se com Camille Doncieux e os dois foram para Trouville passar a lua-de-mel. De lá, Monet foi até Le Havre e, por motivos que ninguém soube explicar, mas que provavelmente estavam relacionados com o medo de ter que se alistar no exército francês, viajou para a Inglaterra no início da Guerra Franco-Prussiana. Sua mulher teve que ser resgatada por Boudin e enviada depois dele.
Em Londres, para onde Pissaro também fugira, Monet pintou suas primeiras cenas londrinas. Terminada a guerra, ele e a mulher voltaram para a França, em 1872, e fixaram residência perto de Paris, à beira do Sena, em Argenteuil. Ali, Monet iniciou um fértil período de pinturas e discussões sobre arte com seus amigos Renoir, Manet e Sisley. Em 1878, mudou-se novamente para a vizinha Vétheuil. Foi ali que Monet fez amizade com um rico negociante, Ernest Hoschedé e sua esposa, Alice, que se tornaram admiradores de seus quadros. Quando os negócios de Hoschedé foram abaixo, ele desapareceu deixando a mulher e os filhos com Monet.

Le Palais Dario, Venise

No ano seguinte, sua amada esposa Camille, morreu de tuberculose meses depois de ter dado à luz o seu segundo filho. Monet registrou o seu leito de morte em um quadro extraordinário. Depois da morte de Camille, o inquieto Monet fez várias viagens à Riviera francesa e à italiana, à Normandia e à costa atlântica da França. Onde ia, pintava, mas não estava contente com o seu trabalho. Temas diferentes não eram a resposta; o importante era a pintura em si, o significado da realidade através da cor.
Monet acabou voltando para o campo perto de Paris, alugando e depois comprando uma casa em Giverny onde começou a plantar um jardim onde pudesse pintar. Em 1891, começou a sua famosa série de montes de feno nos campos circunvizinhos, em todas as épocas do ano e condições climáticas. Um ano depois, começou a sua igualmente famosa série de quadros da Catedral de Rouen. Ao mesmo tempo, pintou várias vezes o seu jardim em Giverny.
Alice Hoschedé já compartilhava da vida de Monet há alguns anos: as cartas que lhe escreveu sobre as excursões para pintar, e sobre seus medos e esperanças, dão uma visão maravilhosa da mente do artista. Quando o marido dela morreu, em 1892, Alice e Monet se casaram.

Estudo de Nenúfares - 1908

Monet entrou numa fase feliz e produtiva da sua vida. Seus trabalhos foram aceitos pelo Salão Oficial e não lhe faltava dinheiro. Viajava para a Noruega, Veneza, Londres, mas seu lar, tanto doméstico quanto artístico, era em Giverny.
A morte de Alice, em 1911, deixou-o só e desolado, e ele estava tendo dificuldades para enxergar. Depois de uma operação de catarata, e usando óculos especiais, pôde continuar trabalhando e foi incentivado por Georges "Tigre" Clemenceau a terminar a grande série de nenúfares que o governo francês adquiriu. Embora aclamado como um grande pintor fanês, o próprio Monet, como a maioria dos artistas, jamais sentiu ter alcançado a perfeita realização de suas idéias. Morreu no dia 6 de dezembro de 1926.

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