Grandes Pintores Brasileiros III - Lasar Segall
Navio de imigrantes - Lasar Segall
Ao deixar sua terra natal, Segall passou a residir na Alemanha. Durante os anos de 1906 a 1909, cursou a Academia Imperial de Belas-Artes de Berlim. Em 1910, mudou-se para Dresden, onde freqüentou a Academia de Belas-Artes, participou da vida artística da cidade e realizou sua primeira exposição individual.
Diretamente influenciado pelo expressionismo alemão, suas telas pintadas nessa época (1912-1923) definem-se por sua construção geométrica e pelo colorido sóbrio.
Veio pela primeira vez ao Brasil em 1913, realizando as duas primeiras exposições de arte moderna do país, uma em São Paulo e outra em Campinas.
Retornando à Alemanha, iniciou seus trabalhos em gravura em metal, litografia e xilogravura. Realizou exposições individuais em Hagen (1920), Frankfurt (1921) e Leipzig (1923).
Fixou-se no Brasil em 1923, naturalizando-se brasileiro. Conheceu Mário de Andrade e integrou-se ao movimento modernista. Nessa fase, sua pintura modificou-se: recebeu cores mais vivas e passou a representar temas tipicamente brasileiros.
Na segunda metade dos anos de 1920, desenvolveu as séries de gravuras Mangue e Imigrantes. Expôs seus trabalhos feitos no Brasil em várias cidades da Alemanha, em 1926. Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, compôs a série de pinturas sobre os grandes dramas da humanidade, como Progom, Navio de Imigrantes e Guerra.
Em 1949, principiou sua última fase, na qual elaborou Floresta (1950-1955). Ritmada por longas linhas verticais, essa série de aquarelas embebidas de ingenuidade popular é notável pela utilização máxima dos recursos que esse tipo de pintura oferece e pelo belo resultado obtido.
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