O gosto pelo exótico e a força dramática de sua pintura caracterizam Delacroix como um dos maiores pintores românticos franceses. O uso peculiar que fez da cor abriu caminho para os grandes mestres impressionistas e pós-impressionistas, entre eles Monet, Cézanne, Gauguin e Picasso.
Ferdinand-Victor-Eugène Delacroix nasceu em Charenton-Saint-Maurice, em 26 de abril de 1798. A partir de 1815 começou a estudar pintura com o barão Pierre-Narcisse Guérin, renomado artista acadêmico.
Mas, homem de seu tempo, Delacroix logo se ligou aos românticos, como os pintores Théodore Géricault e Richard Bonington, o compositor Chopin e a escritora George Sand.
Em 1825 foi para Londres. Em contato com os ingleses J. M. W. Turner, John Constable e Sir Thomas Lawrence, sua técnica adquiriu maior liberdade. Telas como "Dante e Virgílio nos infernos" (1822) e "O massacre de Quios" (1824), românticas pelo tema e estilo, representaram a ruptura com o estilo neoclássico que imperava na França.
Em obras como "A morte de Sardanápalo" (1827) e "A liberdade guiando o povo" (1830) Delacroix atingiu a plenitude de seu estilo, ao conseguir o domínio da cor sobre o traço.
Em 1832 viajou durante seis meses por Marrocos. Seduzido pelo exotismo e luminosidade do país, executou uma série de desenhos e aquarelas, que mais tarde aproveitaria na magistral "Mulheres de Argel" (1834).
Delacroix dedicou-se também à pintura mural. Decorou o Salão do Rei no palácio Bourbon (1836), a biblioteca do palácio de Luxemburgo (1861) e a capela dos anjos da igreja de Saint-Sulpice (1861), obra que o consagraria como o último grande muralista de tradição barroca. Morreu em Paris, em 13 de agosto de 1863.
Nenhum comentário:
Postar um comentário