A pintura neoclássica de David dominou o panorama artístico francês durante quase meio século, fazendo com que ele, acima das contingências políticas, fosse o pintor oficial da revolução francesa e, depois, do regime de Napoleão Bonaparte.
Jacques-Louis David nasceu em Paris, em 30 de agosto de 1748. Discípulo de Joseph-Marie Vien, artista que propugnava o retorno à antiguidade clássica, no começo não se sentiu atraído pelas idéias do mestre.
Em 1774, com a tela "Antíoco e Estratonice", David ganhou o Prêmio de Roma, que lhe permitiu uma permanência de vários anos naquela cidade.
Logo se tornou o mais entusiasta defensor do neoclassicismo, influenciado pela contemplação dos monumentos antigos e pelas doutrinas de dois alemães, o pintor Änton Raphael Mengs e o historiador Johann Joachim Winckelmann.
"O juramento dos Horácios" (1784) a primazia do desenho e dos contornos sobre a cor contribuíam para ressaltar a dramaticidade da composição, abriu caminho à revalorização dos temas históricos.
Famoso, David tornou-se o pintor da revolução francesa; exemplo disso foi um de seus mais célebres quadros, "Marat assassinado" (1793), obra cuja mestria técnica realça uma sincera emoção.
Depois da queda de seu amigo Robespierre e de vários meses na prisão, David retornou brilhantemente à cena artística em 1799, com "As sabinas", que foi interpretado como um apelo à reconciliação nacional.
Recuperado o prestígio, foi nomeado pintor oficial de Napoleão, para cujo louvor e glória realizou algumas de suas mais ambiciosas telas, como "A coroação da imperatriz Josefina" (1805-1807), composição gigantesca que contém minuciosos retratos de personagens da época.
Após a derrota de Napoleão em Waterloo, David mudou-se para Bruxelas, onde morreu em 29 de dezembro de 1825.
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