Integrado ao movimento impressionista, o pintor francês Edgar Degas desenvolveu uma estética muito pessoal, caracterizada por um perfeito estudo do movimento e da composição.
Hilaire-Germain-Edgar Degas, de uma rica família com negócios bancários e algodoeiros, nasceu em Paris, em 19 de julho de 1834. Após abandonar o curso de direito, ingressou na Escola de Belas-Artes em 1855.
Sua admiração pelo classicismo de Ingres e pela obra dos mestres renascentistas, que estudou em diversas viagens à Itália, fez com que se inclinasse para os temas históricos, com destaque para "Semíramis construindo Babilônia" e "Mulheres espartanas".
A partir de 1862, seu estilo experimentou uma mudança radical: conheceu Édouard Manet, que o introduziu no círculo dos pintores impressionistas, com quem Degas viria a expor em diversas ocasiões. As corridas de cavalos, o balé e as cenas cotidianas passaram a ser seus temas preferidos.
Ao contrário dos impressionistas, mais preocupados com a luz natural e as paisagens, Degas se concentrou nos movimentos das figuras, como em "Diante das tribunas", e na representação de cenas de interior, com luz artificial, como em "Os músicos da orquestra" e "Aula de balé".
Esses quadros revelam o mestre da composição, aprendida nas estampas japonesas e com Nicolas Poussin, um dos pilares do classicismo francês. A capacidade de Degas para capturar a atmosfera feérica e graciosa da dança valeu-lhe o epíteto de "pintor das bailarinas".
A partir de 1876, sua obra assumiu um caráter marcadamente social, pela influência dos escritos de Émile Zola e Octave Mirbeau. Degas começou então a pintar cenas de degradação social e do trabalho fatigante das mulheres, como em "O absinto" (1876) e "As passadeiras de roupa" (1884).
A partir de 1880, com o enfraquecimento progressivo da visão, começou a modelar em barro suas famosas esculturas - nus femininos, cavalos e bailarinas. Dedicou-se também à pintura em pastel, ao desenho e à gravura. Edgar Degas morreu em Paris, em 27 de setembro de 1917.
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